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Benê Cantelli

Responda-me: onde está a crise?

02 Mai 2016 - 06h00Por globo esporte
Responda-me: onde está a crise? -
Em verdade, mesmo conversando muito, sobre isso, com amigos, não cheguei à conclusão, de onde vem e onde está a tão propalada crise que dizem ter abatido sobre a população brasileira.


Crise viveram os espanhóis, quando terminou a revolução que levou ao poder o generalíssimo Franco. Pessoas comiam cascas de árvore e pequenos animais do campo. Devaneios e titubeios gerados pela falta de mais dinheiro não deveriam compor nenhuma crise.


Podemos falar e sentir uma crise quando ela adormece o sonho de cada um e não apenas de alguma classe social. Estamos gastando menos. Diminuíram os regateios gerados por toda uma classe de indivíduos que nunca tinham viajado em avião; ou nunca possuíram um carro ou ainda, não tinham saído para um restaurante provar um almoço ou jantar.


Tenho notado sim, que diminuiu no país o consumo de carne, arroz, feijão e derivados de leite. Nos supermercados, os carrinhos estão menos carregados do que há algum tempo. As pessoas de tanto ouvir falar em crise se amedrontaram. Deixaram de consumir por medo, não por falta de dinheiro.


Tenho notado sim, também, que nossos irmãos brasileiros não querem saber quem morreu, desejam chorar e choram. Tem muitos que até choram na expectativa de que alguém lhes ouvindo, ofereçam dinheiro ou, no mínimo, choram junto por se acaso o amigo chorão lhes peça dinheiro emprestado. Em toda regra há exceção. Contudo exceções não constituem regras.


Claro que não há de ser apenas um expert em economia para ver e sentir que as pessoas estão gastando menos e as financeiras, tanto quanto os bancos, estão diminuindo suas linhas de créditos. Isso tem provocado menores gastos por parte dos consumidores. Mas, ainda assim, tenho notado que a tal crise, em lugar de ser eminentemente econômica, ela é proveniente da balbúrdia e das trapalhadas dos que compõem o governo, notadamente, o federal, no âmbito dos três poderes. Isso tem feito a bolsa de valores subir e descer igual sentimento de vômito. Esse vai e vem, tem deixado como rastro uma verdadeira aula de abulia patriótica" e, ao mesmo tempo, deixando fenecer os mais lídimos sentimentos de moralidade e respeito pela vida e pelos bens do próximo.


Quando a sociedade chega a esse ponto, o sinal vermelho se agiganta. Falta pouco para perdemos o sentimento de respeito e amor a Deus e ao próximo.


Graças a Deus o Brasil e os brasileiros não conheceram os dissabores de uma guerra. Quando se fala em Guerra do Paraguai, se esquece de comentar que o gigante Brasil peleou com os Paraguaios, unido a mais duas nações: Argentina e Uruguai. Eles sim, os paraguaios, engoliram o dissabor de uma guerra, principalmente porque esta se desenrolou em território paraguaio. Nem é bom lembrar o que aconteceu com nosso irmão vizinho. Perderam muitas vidas. Perderam grande parte de seu já pequeno território. E pior, um país que tinha por volta de um milhão e duzentos mil habitantes, ficou reduzido a pouco mais de quatrocentos mil, sendo, apenas, oitenta mil homens.


E, versando sobre Paraguai, tive oportunidade de estar em nosso vizinho-irmão, ontem, lotado de brasileiros por todos os lados. Um amigo paraguaio me perguntou: Qual o motivo de termos tantos brasileiros por aqui, hoje? Respondi: O nosso País está vivendo uma grande crise, daí a melhor saída para os brasileiros é vir ao Paraguai e gastar um pouco mais de seu dinheiro, diante de um dólar tão alto. Ele não entendeu e em seguida, percebeu que a minha resposta era um gracioso chiste.


Precisamos chorar menos e trabalhar mais.


Bom dia e melhores tempos.


Professor e Campista. e-mail: [email protected]

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