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Opinião

Psicologia: Pânico

17 Nov 2015 - 08h27
Psicologia: Pânico -
Diante dos ataques terroristas, enchente de lama, quais algumas consequências psicológicas na vida das pessoas?

Podemos elencar, por exemplo, o contato direto com a impotência em si mesmo, no qual a pessoa sente a ausência de controle diante de situações de quase morte ou com a possibilidade de ficar com sequelas físicas permanentemente, onde terá que aprender a dar direção à vida de outra forma, valores e sentido.

No caso de sequelas físicas vem a possibilidade de implicar no fim do significado da vida, ou com o tempo, aprender novas alternativas para tal.

Em situações onde se vive situações de quase morte, é um processo de luto próprio, onde se coloca diante da própria mortalidade, levando a pessoa a medo da morte em si por não saber o que o aguarda depois ou a morte tira o significado da vida, ou ao medo se “eu tivesse morrido” como os outros ficarão aqui no mundo.
Encontrar com a própria mortalidade é ser levado a refletir se estou vivendo bem o presente, pois o depois não nos pertence.

Em termos de distúrbio de estresse pós - traumático advindo dos ataques terroristas, sempre geram limitações ao viver, como por exemplo, impotência frente violência direcionada a si ou ao outro com morte ou não, produzindo aprendizagens indesejáveis como “penso que sou pouco” ou “ a vida é frágil demais, não vale a pena ser vivida”, ou “pode-se morrer a qualquer momento”.

Finalmente, uma causa de síndrome do pânico, que pode expressar-se por muito tempo na vida é o medo de perder a coerência mental e enlouquecimento por confusão mental, onde se fica fixado na insegurança do fato passado (o ataque terrorista na França ou a enchente de lama em Mariana – MG, por exemplo), por crenças e pensamentos próprios insuficientes para elaborar a situação indesejável ou trauma, ou por conviver coletivamente com outras pessoas que passaram por mesmas experiências, fomentando o medo e sintomas que se perpetuam, e, o medo de voltar a ter as mesmas crises e desconfortos novamente.

Agora, diante dos desmandos com erário público, corrupção, quantas milhares de pessoas ficam distantes dos bens da vida, como saúde, escola, segurança pública eficiente, gerando descontentamentos, ira, passando anos e anos vivendo em situações sub-humanas?

A corrupção não é semelhante a ataques terroristas? Os efeitos negativos na vida das pessoas não são semelhantes?

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