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Psicologia: hipnose, bem-estar evocado, saúde integral

22 Mar 2016 - 10h58
Psicologia: hipnose, bem-estar evocado, saúde integral -
Você marca uma consulta com o psicólogo, depois de vir lutando com problemas emocionais, existenciais, interpessoais, ou seja, está percebendo comprometimento no equilíbrio cognitivo (atenção, percepção, memória), emocional (instabilidades de humor), existencial (perda de motivação para viver), social (dificuldade em realizar deveres diários como compras, pagar contas, trabalho e outros), com somatizações (dores musculares, insônias, disfunções nos mais vários sistemas orgânicos) e outros.


Quando chega ao consultório, os sintomas desaparecem, diminuem. Você até afirma, estou sentindo-me bem de ter falado com o "doutor". Que fenômeno é este?


Pode-se explicar tal fenômeno como "bem-estar-evocado", afirmado pelo Dr. Herbert Benson, como a conjunção de três componentes do Bem-estar Evocado: a) crença e expectativa por parte do paciente; crença e expectativa por parte do paciente e de quem cuida do paciente; crenças e expectativas geradas por um relacionamento entre o paciente e o terapeuta. Não esquecer, obviamente a natureza das crenças, convicções íntimas de cada paciente no poder de curar-se com a ajuda do psicoterapeuta e outros profissionais.


Quero elencar também uma fala do Dr. Paulo de Tarso Lima (vídeo ilustrativo no site www.eumaior.com.br), que saúde, conforme a OMS – Organização Mundial de Saúde, é um estado completo de bem-estar físico, mental, social e espiritual e, não meramente a ausência de doenças ou enfermidades e, de que, quando o paciente procura o profissional, ainda busca algo (remédio, cirurgia, técnica maravilhosa de psicoterapia) que o retire do lugar de dor, mas, segundo o contexto de saúde integral, hoje, o profissional psicólogo mostra um caminho, um campo de possibilidades para que ele, em tese se for capaz, o paciente escolha trilhas, tais como, reeducação alimentar, meditação, respiração consciente, higienizar as relações humanas, auto-estima, espiritualidade na direção de dar sentido à vida e a si próprio.


Então, o paciente tem um papel ativo no restabelecimento do status quo anterior de saúde como ato diário.
No que tange a hipnose, enquanto técnica de intervenção pode-se ajudar o paciente a promover saúde integral, utilizando-se o que chamamos de autoscopia. Grosso modo, a autoscopia seria uma "reza científica", onde o paciente, com fé, convicção íntima evoca o bem estar interior, visualizando a parte física-emocional com "feridas", sendo tratada por si próprio, como ato de amor a si. Juntamente com a autoscopia, pode-se utilizar a indução ativando o poder do "eu profundo", liberando possibilidades, sabedoria, que por alguns instantes ficam adormecidos "ai dentro", por conta da distração do "lá fora".


Termino com algumas reflexões dos mestres:


"Nós adoecemos, porque perdemos contato com a sanidade que reside no fundo de nosso coração" – Enio Burgos


"Somos tão pequenos quanto um grão de areia no deserto quanto somos grandes na capacidade de darmos significado a nós e ao universo" – Bayard Galvão – Psicólogo Clínico – Autor da Abordagem Hipnose Educativa)
"Somos servidores do "campo unificado denominado de Amor" – Denis – Presidente do Instituto Milton Erickson de Campo Grande MS.


Prof Univ Estadual do MS/Psicólogo Clínico. * Psicóloga Clínica e Focalizadora em Constelação Familiar
Psicóloga e formanda em Terapia Tântrica

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