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Opinião

Psicologia e constelação familiar

19 Jan 2016 - 10h18
Psicologia e constelação familiar -
Cristhie Aparecida G. Rodrigues

Submeter-se à realidade tal como se apresenta é se expor a um contexto mais amplo sem compreendê-lo.
Queremos dizer sem a intenção de ajudar e também sem intenção de provar algo. Quantas vezes gastamos energia e tempo com a preocupação ansiogênica de “pensar no outro antes de pensar em si” ou, querendo provar que somos bons, interessantes ou ainda que o outro faça as coisas ao nosso modo...


Estar mergulhado na realidade como ela se apresenta é não ter medo de que algo assustador venha à percepção ou à tona, expor-se à tudo como se mostra.


Certa feita um mestre zen foi acusado de ter engravidado uma jovem. Toda a aldeia e a família o cobraram providências. Ele respondeu: Ok. Quando, mais tarde, descobriram que o pai da criança era um antigo namorado da moça, novamente os pais foram se desculpar ao mestre, no que ele respondeu: Ok. E voltou a atenção para o significado de sua existência.


Da mesma forma, deve-se olhar para a configuração familiar, para as relações vinculares e as reconhecer tal como se apresenta, tendo todos os membros da família à frente da percepção. Todos devem ser incluídos, com raras exceções.


Quando dizemos “incluir” o outro, pode ser um movimento de não o querer mais em sua vida, e o libertar de julgamentos e rancores, não estamos dizendo ficar “lado a lado” ou repetindo atitudes desse outro membro da família.


Outras situações reconhecer a realidade tal como se apresenta é descobrir via meditação ou olhar sistêmico, com consciência lúcida e justa o que realmente aconteceu, pois às vezes o essencial não é visível. A exemplo, quantas histórias geracionais que não sabemos que estão agora impactando nossas vidas, sentidos, valores?


Finalmente, submeter-se à realidade tal como se apresenta é expor-se a ela, livre de intenções e medo pode propiciar a experiência de uma súbita iluminação a respeito do contexto vivido pelos antepassados, o quanto trabalharam, sofreram e como se alegravam, o que pensavam e sentiam o mundo que se avizinhava à frente...

Psicóloga, Gesltalt – Terapeuta, facilitadora de Constelações Familiares, membro da Hellinger Sciencia e idealizadora do Constelare.com.br

Psicólogo Clínico – Hipnoterapia Clínica

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