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Benê Cantelli

Do útero ao túmulo, vivemos uma escola...

25 Abr 2016 - 06h00
Do útero ao túmulo, vivemos uma escola... -
Sabe, aqueles dias que você acorda questionando o mundo, a vida, as pessoas, o tempo, a história e, inclusive, a Deus!? Não é ruim, pois, em meio ao turbilhão de pensamentos, temos oportunidade de entrarmos em contato com outros que viveram as mesmas discrepâncias. Em seguida, entendemos que não estamos sozinhos, pois, alguns dos famosos escritores, nos levam a mais altos sentimentos que nos conduzem a ver como somos frágeis, pequenos, e nos encontramos com nossa pequenez indagando o que jamais vamos compreender.


Jean Paul Sartre é um filosofo do existencialismo moderno e como tal, não acreditava em Deus. Escreve: "O homem está condenado a ser livre, condenado porque ele não criou a si, e ainda assim é livre. Pois, tão logo é atirado ao mundo, torna-se responsável por tudo que faz". Sartre afirmava isso, dizendo que somos vítimas de nossa própria liberdade e por ela seremos condenados.


Podemos, diante disso, trazer a nossa memória o que nos diz, Benjamin Franklin: "A tragédia da vida é que ficamos velhos, cedo demais e, sábios, tarde demais". Dessa forma, parece-nos cada vez mais difícil entender a vida. Nessas horas, sou acometido de uma salutar vontade de saber o que nos diz o maior filosofo-teólogo da Igreja, Santo Agostino: "Ama e faz o que quiseres. Se calares, calarás com amor; se gritares, gritarás com amor; se corrigires, corrigirás com amor; se perdoares, perdoarás com amor. Se tiveres o amor enraizado em ti, nenhuma coisa senão o amor serão os teus fruto".É, simplesmente, demais. A isso é chamo de verdadeira liberdade.


Continuando a busca por melhores pensamentos, entre aqueles que nos ensinam muito através de seus escritos e, vendo como os seres humanos se comportam diante de seus pares, não levando, sequer, em consideração a maior Mandamento que Jesus nos deixou: "Amai-vos uns aos outros como eu vos amei", percebemos, por nossos comportamentos, que a palavra de Martin Luther King cai como uma luva, sobre cada um de nós: "Aprendemos a voar como os pássaros, a nadar como os peixes, mas, ainda não aprendemos a conviver como irmãos".


Se quisermos buscar nas religiões um bálsamo, ou mesmo, um antídoto para esse comportamento vil, encontramos uma definição de Charlie Hunnan, que produziu um dos filmes mais polêmicos dos últimos tempos, A TENTAÇÃO, que diz: "Lamentavelmente, religião separa as pessoas, mais do que as une". O pior é que, não podemos dizer e, nem temos provas em contrário.


Mesmo sabendo que o ser humano, pelo menos o descrito nas Sagradas Escrituras, veio com tanta imperfeição, quando atua sem os limites de Deus, reconhecemos que faz o que não deve. Senão, vejamos: Adão, em desobediência, à Palavra de Deus, leva consigo, por estímulo, ao erro, sua mulher Eva. Caim, não por aceitar que seu irmão Abel fosse melhor diante de Deus, prefere matá-lo.


No entanto, quando queremos, podemos encontrar algo que destoa de tudo isso. Na letra da bela canção Gospel, Raridade, Anderson Freire, nos mostra qual deveria ser o comportamento daqueles que acreditam em Deus. "Não consigo ir além do seu olhar. Tudo que consigo é imaginar a riqueza que existe dentro de você. O ouro eu consigo só admirar, mas, te olhando eu posso a Deus adorar. Sua alma é um bem que nunca envelhecerá. O pecado não consegue esconder a marca de Jesus que existe em você. O que você fez ou deixou de fazer não mudou o início: Deus escolheu você. Sua raridade não está naquilo que você possui ou que sabe fazer. Isso é mistério de Deus com você. Você é um espelho que reflete a imagem do Senhor. Não chore. E, se o mundo ainda não notou, já é o bastante Deus reconhecer o seu valor. Você é precioso, mais raro que o ouro puro de ofir. Se você desistiu, Deus não vai desistir. Ele está aqui pra te levantar, se o mundo te fizer cair...".


Bom dia. Melhores tempos.


Professor e Campista. e-mail: [email protected]

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