Dourados – MS sexta, 19 de abril de 2024
22º
Benê Cantelli

Alguém pode me explicar?

16 Mai 2016 - 06h00Por Do G1
Alguém pode me explicar? -
A origem etimológica do termo Aedes aegypti, vem do grego "odioso", "desagradável", e do latim, "do Egito". O vetor foi descrito cientificamente pela primeira vez em 1762, mas o seu nome definitivo, Aedes aegypti, só seria estabelecido em 1818.


No Brasil, os primeiros relatos de dengue datam do final do século XIX, em Curitiba, no Paraná, e do início do século XX, em Niterói, no Rio de Janeiro. No início de século XX, o mosquito já era um problema, mas não por conta da dengue: na época, a principal preocupação era a transmissão da febre amarela urbana. Em 1955, o Brasil erradicou o Aedes aegypti como resultado de medidas para controle da doença. No entanto, no final da década de 1960, foi verificado que o vetor estava presente novamente em território nacional. Hoje, o mosquito é encontrado em todos os estados brasileiros.


A dengue é uma doença febril causada pelo Aedes aegypti. De uma maneira geral, ela causa febre alta, que se inicia de maneira abrupta, dores de cabeça, dores no corpo e articulações, dores nos olhos, fraqueza, manchas na pele e coceira. Em algumas pessoas, podem ocorrer vômitos, dores abdominais, hemorragias e até mesmo a morte.


Desde que me entendo por gente, essa era a doença que o tal mosquito transmitia. Faz pouquíssimo tempo, aliás menos de 2 anos que apareceu transmitindo mais duas doenças, aliás, no meu entender, bem piores do que a dengue: A Chikungunya e a Zika.


A Chikungunya é uma doença viral também transmitida pelo mosquito Aedes aegypti que chegou ao Brasil em 2014. O nome dessa enfermidade significa "aqueles que se dobram" e faz referência aos primeiros pacientes diagnosticados com o problema, na Tanzânia, que se curvavam em virtude das dores provocadas pelo vírus.
Não bastando as duas, apareceu ainda, motivada pelo mesmo mosquito, a Zika. Esta, também é uma doença viral e chegou ao Brasil em 2015. Seu nome foi dado em referência ao local em que o vírus foi identificado pela primeira vez: Floresta Zika, na Uganda.


"Em relação aos sintomas, a zika apresenta-se muito mais branda do que a dengue e a Chikungunya, uma vez que 80% dos pacientes não apresentam nenhuma manifestação clínica. Quando os sintomas aparecem, eles são febre baixa, dores leves nas articulações, manchas e coceira. Pode aparecer ainda vermelhidão nos olhos, inchaço pelo corpo, tosse e vômitos. Complicações graves são raras, entretanto, podem ocorrer".
Torna-se imperdoável, ou, no mínimo, vexatório o reconhecimento, de que, sequer era lembrado o maior desastre provocado pela Zika, que é a Microcefalia.


Se isso não bastasse, ainda podemos encontrar como doença transmitida pelo mosquito, em alguns casos, a Febre Amarela. A febre amarela é uma doença grave causada na área urbana, pelo Aedes aegypti. Vale destacar que a febre amarela urbana foi erradicada em 1942, entretanto, a forma silvestre ainda ocorre em nosso país. Diante dessa erradicação, a doença é pouco lembrada quando falamos das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti.


O vírus Zika teve sua primeira aparição registrada em 1947, quando foi encontrado em macacos da Floresta Zika, em Uganda. Entretanto, somente em 1954 os primeiros seres humanos foram contaminados, na Nigéria. O vírus Zika atingiu a Oceania em 2007 e a França no ano de 2013. O Brasil notificou os primeiros casos de Zika vírus em 2015, no Rio Grande do Norte e na Bahia.


A minha pergunta é: Em se tratando de vírus e doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, o que falta ainda para saber? Quais serão os próximos prejuízos para nós humanos que este mosquito, irá trazer?


Hoje, sinceramente, ficamos na deletéria conclusão de que foram as mutações genéticas provenientes de vírus vetorizados pelo Aedes aegypti, ou é ainda, por falta de conhecimento a origem das doenças provocadas por ele?


Em tudo e por tudo, devo dizer: Senhor está em suas mãos a proteção que nos vem do céu e da terra.
Bom dia e melhores tempos, com Deus.


Professor e Campista. e-mail: [email protected]

Deixe seu Comentário