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União acena com solução e os indígenas vão parar ocupações

07 Jul 2016 - 18h57
Lideranças se comprometeram em não realizar nenhuma ocupação. - Crédito: Foto: Chico RibeiroLideranças se comprometeram em não realizar nenhuma ocupação. - Crédito: Foto: Chico Ribeiro
Em poucos dias o Governo Federal vai dar encaminhamentos concretos rumo a uma solução para as disputas de terras em Mato Grosso do Sul. A promessa é do assessor especial do Ministério da Casa Civil, Renato Vieira, depois de se reunir com lideranças indígenas Guarani/Kaiowá na Governadoria, na quarta-feira.


Vieira veio ao Estado em comissão, formada por integrantes do Ministério da Justiça, Casa Civil da presidência da República e Advocacia Geral da União (AGU) apontando o objetivo do Executivo Federal de resolver o conflito instalado na região Sul.


Na reunião com o Governo, o secretário de Estado de Governo e Gestão Estratégica (Segov), Eduardo Riedel, destacou que a única solução viável passa pela compra de terras para atender às reivindicação indígenas. "Estamos falando de propriedades que têm titularidade legal, muitas são da mesma família há gerações", afirmou.


Durante a reunião, as lideranças indígenas se comprometeram em não realizar nenhuma nova ocupação na região de Caarapó. "Fizemos acordo por 90 dias", contou o guarani, Catalino Ramires. A proposição dos indígenas de não ocupar novas áreas refere-se à região, principal foco de tensão na atualidade, e não se aplica, necessariamente, às demais áreas em conflito por ocupação. O procurador do Ministério Público Federal (MPF), Marco Antônio Delfino, acompanhou as reuniões com o governo estadual e com os indígenas e considerou que a ‘paciência’ é a virtude necessária para ambos os lados da disputa.


Segundo a Famasul, em MS, tem 110 propriedades rurais ocupadas por indígenas.

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