Frente fria derrubou temperaturas; em Dourados, pode gerar hoje
Foto: Hedio Fazan
- DOURADOS – Os douradenses podem tirar os casacos e cobertores do armário, porque a semana promete ser de muito frio e chuva na região sul do Estado. A chegada de uma frente fria no final da tarde de sábado provocou mudanças no clima em toda a região Centro-Oeste. Em Dourados, entre sábado e domingo a temperatura caiu quase 20ºC, pegando muita gente de surpresa. De acordo com a estação meteorológica da Embrapa Agropecuária Oeste, ontem às 16h30 fazia 8,6ºC em Dourados.
Para hoje, a meteorologia prevê temperatura mínima de 3ºC, o que pode resultar em geada. No en-tanto, especialistas explicam que o fenômeno só deverá ocorrer se houver céu limpo durante a madrugada, já que a umi-dade não favorece a ocorrência de geadas.
De acordo com o instituto Climatempo, a frente fria derrubou as temperaturas em praticamente todas as regiões do país. Ontem, a máxima em Dourados foi de 12ºC. Para hoje, as previsões também indicam frio intenso. A mínima deve ser de 3ºC, podendo provocar geada no município. No entanto, segundo especialistas, a ocorrência de geada depende de céu limpo e baixa umidade do ar.
Segundo o Climatempo, o clima típico do inverno deve prevalecer até a próxima semana. Há previsão de chuvas de quarta-feira até sábado. A máxima prevista para os próximos dias é de 18ºC, na quinta-feira.
Safrinha
A chegada da frente fria no final de semana já deixa em alerta os produtores rurais de Dourados e região, especial-mente aqueles que investiram no plantio do milho safrinha. De acordo com o engenheiro agrônomo e consultor Ângelo Ximenes, 30% do milho plantado em Dourados está pronto, apenas em fase de maturação fisiológica. No entanto, 70% estão em fase de enchimento de grãos, período em que a ocorrência de geadas pode ser bastante prejudicial.
Além do risco de geada, outro fator que preocupa os produtores é a seca – ontem, já eram 16 dias sem chuvas em Dourados. Apesar da estiagem, a previsão é de uma excelente colheita para esta safra, seguindo a média histórica de 3.600 quilos por hectare.