Foto: divulgação - O motivo, segundo informado por Jean Willian, um dos organizadores do movimento, é o questionamento acerca da aplicação das verbas destinadas à Uems que, segundo os técnicos, beneficia em larga escala os professores e deixa os administrativos "com o pior salário entre as universidades estaduais do Brasil".
Segundo Jean, a paralisação terá panfletagem a partir das 7h no campus e roda de conversa com alunos no horário de almoço durante a greve que dura o dia todo. Todos os laboratórios e a biblioteca da unidade em Dourados estarão fechados.
Em convite enviado para a imprensa, o texto do movimento grevista destacou que as verbas que são destinadas à instituição são de interesse de toda a sociedade. Segundo informação dos envolvidos, esta é a primeira paralisação da história da instituição feita pelos técnicos, que se dizem vítimas de uma subjugação pelo Estado e pela própria Universidade, da carreira que escolheram e adentraram mediante concurso público.
"Hoje temos o "pior salário" dentre todas as universidades estaduais do Brasil, porém nosso trabalho é executado eficientemente todos os dias, para que cada vez mais nossos alunos atinjam a excelência nas áreas que sonharam em trabalhar. Nossa reivindicação é para chamar atenção do Governo do Estado de Mato Grosso do Sul".
"O Governo do Estado, logo no início do mandato, há 3 anos, reconheceu que tínhamos o pior salário do Brasil e não tínhamos carreira e iniciou as negociações com o Sindicato dos Técnicos Administrativos da Uems (Sintauems), para reformular o plano de cargos e carreiras da categoria. O governo arrastou a negociação até mês passado quando nos trouxe uma proposta péssima, que retira direitos e não valoriza toda a categoria", informou em nota o sindicato.
Segundo o Sintauems, o sindicato esteve na Assembleia Legislativa e apresentou um estudo que comprova a situação financeira precária dos técnicos administrativos da instituição. "Foi destinado R$ 3,5 milhões para ser utilizado na melhoria salarial da categoria, através de emenda parlamentar de todos os deputados, seja situação ou oposição", informou a entidade.
Segundo a categoria, o objetivo é garantir a aplicabilidade do recurso garantido pela AL e chamar atenção da comunidade acadêmica e da população para o descaso do Governo do Estado para com a categoria.
Segundo Jean Willian, em nenhum momento o movimento cria rusgas com os professores, apenas questiona o tratamento dado a cada classe. "Os professores apoiam nossa causa. Não acredito que haja problemas em relação a isso", disse. "Não consideramos que a administração esteja preivilegiando os professores em relação aos técnicos. Os professores e a administração da Uems estão nos apoiando em busca dos nosso direitos. O Governo do Estado foi quem finalizou as tratativas", finalizou.
Nota da Uems
Em nota oficial, a Uems declara que "Por deliberação do Sintauems, obtida em assembleia, os servidores técnicos administrativos da Uems decidiram por paralisarem suas atividades por dois dias (03 e 04 de abril).
Mesmo no contexto de dificuldades que enfrentam há anos, a categoria, como um todo, atua sempre com profissionalismo e comprometimento, visando, mais do que seus próprios interesses trabalhistas, o interesse da população sul-mato-grossense.
A Uems é solidária às manifestações de seus técnicos administrativos por entender, primeiro, que esse é um direito democrático assegurado a todo e qualquer brasileiro e, segundo, por ter a clareza de que as pautas por eles defendidas são justas, legítimas e urgentes.
As informações sobre as atividades acadêmicas no decorrer dos dias de paralisação poderão ser obtidas juntamente a cada gerência das unidades universitárias".
(editado para acréscimo de informações)