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Saia justa marca visita de Michel Temer em Campo Grande

05 Mar 2016 - 06h00
Vice-presidente Michel  abriu o 106º Encontro do Conselho dos Tribunais de Justiça do país na Capital. - Crédito: Foto: DivulgaçãoVice-presidente Michel abriu o 106º Encontro do Conselho dos Tribunais de Justiça do país na Capital. - Crédito: Foto: Divulgação
O vice-presidente Michel Temer (PMDB) passou por saia justa na manhã de ontem em Campo Grande, onde abriu o 106º Encontro do Conselho dos Tribunais de Justiça do país, no Hotel Deville Prime, na Capital.


Membros da cúpula do PMDB regional cobraram de Temer a saída imediata do partido do governo da presidente Dilma Rousseff (PT).


A cobrança ocorreu durante encontro com o vice-presidente no Diretório Estadual do PMDB.


O ex-governador André Puccinelli disse que a presença do PMDB no governo de Dilma não se justifica mais, pelo fato da gestão da petista caminhar para um fim que considerou "melancólico".


"Para o bem do PMDB e de sua valiosa história, é mais do que prudente que a sigla se retire da base de sustentação de Dilma", falou Puccinelli.


O ex-governador recordou que o PMDB de MS não tem e nunca teve uma participação efetiva no governo da petista, a julgar pela ausência de peemedebistas do estado em cargos de órgãos federais instalados em MS.


A senadora Simone Tebet, que abriu os discursos que cobraram a saída do PMDB do governo de Dilma, falou que Temer e o partido não representam o governo de Dilma. Ela disse que, a continuar ao lado do governo da petista, o PMDB "mancha o ideário" de Ulisses Guimarães, referindo-se a um dos líderes de maior expressão que passaram pela legenda.


Para Simone, a operação da Polícia Federal que na manhã de ontem forçou o ex-presidente Lula a depor na Polícia Federal e vasculhou a residência dele e de sua família, se tornou um motivo a mais para que o PMDB se desligue do governo de Dilma.


Já o senador Waldemir Moka, sugeriu que o PMDB abandone o governo de Dilma tão logo Temer retorne a Brasília nesta sexta-feira.


Vice evita a imprensa


Michel Temer se restringiu, na visita à Capital, a falar sobre a intenção do PMDB de lançar candidatura própria à presidência da República em 2018.


Nos dois eventos em que participou na Capital, temer evitou a imprensa. No diretório do PMDB, a resistência de Temer em falar com os jornalistas foi maior. Na saída do local, sua segurança formou um cordão de isolamento entre a Van que transportava o peemedebista e a entrada do diretório, impedindo a passagem dos repórteres.
Houve um princípio de conflito entre os seguranças e os jornalistas, e o vice-presidente aproveitou o incidente para embarcar no veículo e sair do local às pressas, em direção ao aeroporto da Capital.


Em seu discurso no diretório do PMDB, Temer falou que o sucesso do partido nas eleições de 2018 depende do desempenho que a legenda terá nas eleições municipais deste ano.


"Temos que nos fortalecer neste ano para chegarmos em 2018 com robustez necessária para sairmos vitoriosos nas urnas", falou. Temer alfinetou indiretamente o governo de Dilma Rousseff. Ele sugeriu que a resolução dos graves problemas que o país enfrenta hoje passa por uma intervenção maior da legenda nas decisões da petista.

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