
Maioria dessas lavouras está dentro do zoneamento agrícola. “Além das perdas a falta de chuva ainda pode comprometer a qualidade do grão e reduzindo a produtividade”, explica.
Esta semana técnicos agrícola estarão reunidos no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para avaliar as perdas. “Sabemos que existem perdas através de alguns relatos, mas ainda não fizemos uma reunião de avaliação mais precisa. A expectativas são as próximas chuvas”, explicou Ximenes.
De acordo com o engenheiro agrônomo não existe região especifica, as lavouras castigadas são homogêneas, estão entre os 80 mil hectares plantados em Dourados.
Enquanto os produtores que plantaram na época certa estão preocupados com a estiagem que atinge a safra em pleno desenvolvimento da planta, àqueles que semearam tardiamente estão preocupados com as geadas previstas para os próximos dois meses.
Dos 80 mil hectares plantados em Dourados, 30 mil ficaram fora do zoneamento. Esses produtores tinham prazo até dia 20 de março para plantar o milho 2ª safra, mas não tiveram tempo hábil para seguir a recomendação.
Esses produtores que plantaram estão descobertos pelo seguro rural, além da geada ainda podem enfrentar estiagem.
Segundo o presidente da Associação dos Engenheiros Agrônomos (Aeagran), Bruno Tomazini, no mês de abril ainda existia produtores semeando a safra do milho, isso significa que na época da formação de grãos, essas lavoura poderão enfrentar geadas ou uma possível seca, fazendo com que a produção seja prejudicada, com baixos rendimentos ou perdas.
O engenheiro agrônomo lembra que esse atraso no plantio do milho 2ª safra foi provocado pelo excesso de chuva nos três primeiros meses deste ano. A chuvarada fez com que grande parte dos produtores atrasasse a colheita da soja, para que abrisse espaço para o plantio do milho.