
Se houvesse consciência por parte da maioria dos cidadãos somente uma advertência nestes casos já estaria de bom tamanho. Mas acontece que a falta de respeito está em toda parte e em todos os momentos. A desculpa é sempre a mesma: vou sair rapidinho, estou só esperando alguém e assim o jeitinho brasileiro vai ganhando espaço nesta tão conturbada convivência no trânsito.
A lei veio em boa hora, mas não está de bom tamanho, porque a multa para quem comete este tipo de infração deveria ser de no mÃnimo R$ 2.000,00. Além da multa o veÃculo teria que ser apreendido e liberado somente após o motorista participar e concluir um para aprender noções de respeito à pessoa idosa e as pessoas e cadeirantes. Aliás, o respeito no trânsito deve ser geral, o respeito mutuo cabe em qualquer lugar, mas acontece que os cadeirantes e idosos necessitam de atenção especial na hora de estacionar porque evidentemente tem suas limitações.
Em pleno século XXI discutir a obrigação de cada cidadão em manter o respeito pelas pessoas idosas e com deficiência parece chover no molhado. Impor multas pesadas, criar leis neste sentido não teria sentido se o respeito e a consciência de cada um estabelecesse normas próprias, ou seja, normas de conduta pessoal.
O Estatuto não é tudo. Falta a fiscalização, a efetividade da lei para completar essas normas. Mas infelizmente a grande maioria dos municÃpios brasileiros não contam com um numero de agentes suficientes para estar em todos os lugares, a todo momento aplicando a multa.
Em Dourados, por exemplo, existe a Agetran (Agência Municipal de Trânsito), criada exatamente com autonomia para a fiscalização de trânsito. Mas são poucos fiscais para tanto desrespeito no trânsito e infelizmente além da questão dos idosos e os cadeirantes existem inúmeras outras infrações que são cometidas a todo instante. É o motorista que fura o sinal, estaciona de maneira irregular, ultrapassa irregularmente, dirige falando ao celular, sem usar o cinto de segurança, além de se não respeitar a faixa de pedestre avançando sobre a mesma.
Infelizmente com o aumento no numero de veÃculos que superlotam diariamente o perÃmetro urbano a concorrência para estacionar também aumentou. IncrÃvel como a correria do dia a dia causa a impressão de que todos estão descontrolados a todo momento e é em meio a essa correria que acabam invadindo faixa de pedestre, vagas exclusivas para idosos e cadeirantes e assim vão atropelando as normas de trânsito e também da boa convivência.
O maior problema é a falta de educação mesmo. Quem não se comporta no trânsito e constantemente é multado não está preparado para enfrentar os desafios que a vida impõe a cada dia. O chamado mundo moderno, globalizado, onde as pessoas não podem perder tempo, porque tempo é dinheiro, não lhe dão o direito de atropelar as normas de trânsito, de achar que o espaço urbano é livre para fazer o que bem entender. É preciso conviver bem em sociedade e o trânsito existe para disciplinar o cidadão e não para tumultuar pequenas, médias e grandes cidades.
Além da multa outra maneira de se fazer valer o respeito é uma regra chamada constrangimento. Na Rússia, por exemplo, uma ONG criou uma campanha em que um holograma de um cadeirante aparece para assustar quem tenta parar nas vagas especiais.
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