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Presos denunciam falta de pagamento e aumenta tensão na PED

04 Abr 2016 - 21h12
Presos denunciam falta de pagamento e aumenta tensão na PED -
Presos do Presídio Estadual de Dourados (PED) estão denunciando no Ministério Público que estão desde o início do ano sem receber os salários provenientes da confecção de uniformes no local. O PROGRESSO foi procurado por esposas de detentos que afirmam que a situação aumenta a tensão no presídio superlotado e ainda dificulta a vida dos familiares.

Elas afirmam que tratam-se de mães e filhos que dependem da renda conquistada pelos detentos para arcar com as despesas como aluguel e cesta básica. "Muitas mulheres não são de Dourados e por causa da prisão dos maridos tiveram que morar aqui. Elas estão em situação difícil e precisam de ajuda", conta uma senhora, que se identificou como esposa de um dos detentos e por questões de segurança pediu para não ter o nome revelado.

De acordo com informações, os detentos recebem R$ 521 por mês para produzir roupas dentro do presídio. Além disso, este grupo, formado por cerca de 20 pessoas, é contemplado com um dia de redução da pena a cada dia.


Ao O PROGRESSO, o juiz corregedor dos presídios de Dourados, César de Souza Lima, disse que vem acompanhando o caso e que vem solicitando providências. Ele diz que a empresa vem alegando a falta de contratos para o fornecimento dos produtos confeccionados no presídio.

A Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) disse ao O PROGRESSO recentemente que de fato houve a falha no pagamento dos detentos por que a empresa passou por dificuldades financeiras, porém assegurou a situação seria resolvida. A Agência informou ainda que os detentos não ficarão prejudicados e que apesar dos atrasos financeiros, eles terão a redução de 1 dia de pena a cada 3 trabalhados.

Recente relatório do Conselho Institucional de Segurança de Dourados (Coised), mostra alerta para a crise do Presídio de Dourados. O documento solicita que as autoridades públicas impeçam que mais presos sejam transferidos para Dourados, tendo em vista a superlotação e déficit de agentes penitenciários.

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