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MP abre contas do HU e não descarta intervenção

29 Jun 2016 - 18h12
Hospital Universitário diz que cortes foram feitos devido a dívida de R$ 21 milhões - Hospital Universitário diz que cortes foram feitos devido a dívida de R$ 21 milhões -
O Ministério Público Estadual abriu procedimento para investigar se o Hospital Universitário está cumprindo as metas de atendimentos e se os repasses feitos pela Prefeitura de Dourados foram pagos corretamente. De acordo com o promotor de Justiça, Eteocles Brito Mendonça Dias Junior, o objetivo é restabelecer serviços que estariam sendo cancelados. Também não está descartada pela promotoria um pedido de intervenção no Hospital, procedimento que obriga o município a assumir e prestar o serviço que lhe compete. A medida foi tomada diante do fato do Hospital demitir oito médicos, fechar serviços como os atendimentos de cirurgia e pescoço e limitar os atendimentos de neurocirurgia e gerais.


Enquanto o Hospital Universitário alega subfinanciamento da Saúde, ou seja, os repasses destinados não suprem a demanda de atendimentos, o secretário de Saúde Sebastião Nogueira diz que os valores estão sendo pagos corretamente e que o município não tem condições de aumentar os investimentos mensais. Ele informou ao O PROGRESSO que esta decisão de cortes de atendimentos é unilateral do HU e que a secretaria vai "tomar medidas cabíveis".


O Ministério Público informou ainda que o HU pede um aporte de R$ 800 mil por mês, o que não seria viável no momento, segundo alega o município.

### HU

Em nota, o Hospital Universitário da Universidade Federal da Grande Dourados (HU-UFGD) disse que até o presente momento não foi notificado sobre a abertura do inquérito por parte do Ministério Público, portanto, só será feito um pronunciamento após a informação oficial.Ontem, O PROGRESSO mostrou com exclusividade que somente nos procedimentos de cabeça e pescoço, quase 200 pacientes aguardam na fila.

O Hospital alega que tem uma dívida de R$ 21 milhões devido ao subfinanciamento pelo qual passa em grande parcela ocasionado pelo corte unilateral de recursos por parte do gestor municipal de saúde. A administração do HU-UFGD adotou medidas imediatas de contingenciamento de despesas que envolvem o desligamento, a partir de 1º de julho, de alguns profissionais médicos contratados via FUMSAHD.
A medida, no entanto, visa única e exclusivamente o não fechamento de outros serviços, ditos essenciais, dos quais o hospital é a única referência na região como o atendimento materno-infantil.

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