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Moradores afirmam que estão ‘esquecidos’ no Campina Verde

23 Dez 2015 - 10h06
Moradores e donos de comércios pedem canalização de minas no bairro. - Crédito: Foto: Hedio FazanMoradores e donos de comércios pedem canalização de minas no bairro. - Crédito: Foto: Hedio Fazan
Ruas tomadas de valetas, falta de iluminação pública e minas de água que dificultam ainda mais o acesso são algumas das dificuldades de moradores do Campina Verde. Há pouco mais de seis anos, o local deixou o status de sitióca e passou a ser bairro, mas nada mudou.


Empresários e moradores que investiram no local estão inconformados por serem ‘esquecidos’ pelo poder público. Edson Geovane Kmitta tem uma oficina de funilaria e pintura há pouco mais de 100 metros da entrada principal do bairro e reclama da dificuldade de acesso. “As ruas ficam intransitáveis em dia de chuva e toda a água entra na minha oficina. Perco clientes e renda, mas meus impostos são pagos em dia”, reclama.


Ao lado da empresa dele, há outras seis, todas de frente para a BR-463. Uma mina brotou há anos bem no meio da rua que passa em frente aos estabelecimentos, o que fez despencar o movimento. Sidney Alves tem uma casa de show no local e diz que há quase três meses deixou de fazer eventos. “Essa mina criou uma valeta e os carros ao passarem por ele caem num buraco e quebram. Ninguém mais quer vir aqui em dia de show”, lamenta.


Israel dos Santos Barbosa é dono de alguns dos estabelecimentos de frente à rodovia. Os comércios são alugados e seus inquilinos pedem melhoria na rua. “Eles pensam em desistir do local por conta das péssimas condições da rua. O movimento caiu geral e todos nós estamos no prejuízo”, disse ele.


O problema no bairro é antigo e atinge as mais de 300 famílias que moram no local. Em dia de chuvarada contínua o ônibus atende parcialmente o bairro e mercadinhos ficam desabastecidos porque os entregadores deixam de circular no local. Por conta dos problemas os moradores já pensam em fechar a rodovia e até aterrar a mina que fica na entrada do bairro.


Carlos Magno Renovato, líder comunitário, já levou pedidos de solicitações aos mais diferentes órgãos públicos. “Faço isso há anos e nunca ninguém nos atendeu”, reclama. Ele questiona a escuridão do bairro, que tem poucos postes com iluminação, e as condições intransitáveis das ruas.


Há duas minas perma-nentes no bairro. “Deveria canalizar essa água até um córrego próximo daqui”, disse ele, referindo-se ao córrego Água Boa, que passa do outro lado da rodovia. Há também outras duas minas temporárias, que secam e voltam a jorrar água sempre em período chuvoso. Muita dessa água cria pequenas lagoas que ficam empossadas por semanas, um risco de saúde pública aos moradores.


A assessoria da prefeitura informou O PROGRESSO que equipe de serviços urbanos já está nas ruas recuperando os estragos causados pela chuvarada. Várias ruas já receberam serviço de tapa-buraco e um cronograma foi feito e irá atender outros bairrros.

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