Avenida Marcelino registra mais acidentes com mortes por conta do maior fluxo de usuários. - Crédito: Foto: Hedio Fazan
A principal avenida de Dourados, Marcelino Pires, é também a que mais registra acidentes com mortes. Estatísticas do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) mostra que dos 36 óbitos notificados de janeiro a outubro do ano passado, seis foram na Marcelino, seguido da BR-163 (perímetro urbano), com cinco mortes. Na terceira posição está a Perimetral Norte, com quatro vítimas fatais.Embora a Perimetral e a BR-163 não sejam vias de responsabilidade da prefeitura, e sim do governo estadual e governo federal, esta última com concessão privatizada, elas cortam a cidade de Dourados e nos seus entornos há bairros populosos e a reserva indígena.
Na BR-163, por exemplo, das cinco vítimas três eram pedestres, uma ciclista e uma motociclista. Já na Perimetral Norte, das quatro mortes, duas eram condutores de veículos, um ciclista e um motociclista. Embora passam por dentro da cidade, por serem rodovias estadual e federal o poder público municipal não considera os acidentes como ocorridos dentro de Dourados, já que as vias não são de sua competência.
Marcelino
Das seis vítimas do trânsito na Marcelino Pires, duas eram pedestres, duas ciclistas e duas motociclistas. Por cortar a cidade de leste a oeste, a via é a que recebe maior fluxo de veículos, por ser larga, possuir três faixas e conter o sistema ‘onda verde’, em que semáforos abrem ao mesmo tempo, facilitando o tráfego pela avenida. O problema é que muitos condutores abusam da velocidade máxima, de 50 km/h.
O diretor da Agetran (Agência de Trânsito), Ahmed Gebara, o Mito, diz que é normal haver mais acidentes na Marcelino, por receber diferentes condutores - carro, moto, pedestre, ciclista. “Essa é a avenida bem sinalizada em Dourados. O problema é que falta consciência dos usuários de trânsito, falta respeito e os acidentes infelizmente acontecem”, lamenta.
Ele reconhece que motociclistas e condutores de carros excedem a velocidade na principal avenida da cidade, mas também chama atenção aos ciclistas que andam na contramão e desatenciosos com fone de ouvido, bem como de pedestres fora da faixa. Para evitar o excesso de velocidade, Mito diz que a Agetran irá iniciar um estudo para implantação de dispositivos que multam veículos ao passar em sinal amarelo e ao ultrapassar velocidade permitida, mas como trata-se de um projeto que depende de alto investimento, a proposta não deve sair do papel em 2016.
Questionado quanto a necessidade de implantação de vias alternativas no prolongamento da BR-163, para que moradores de bairros não precisem utilizar a rodovia para se deslocar até o centro da cidade, Mito informou que esse é um projeto já em estudo pela empresa CCR MS Via, responsável pela administração da rodovia.