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Justiça determina saída de índios em sítios ocupados em Dourados

11 Abr 2016 - 19h42Por Do G1
Indígenas alegam que a terra faz parte dos estudos de demarcação que tramitam sem conclusão. - Crédito: Foto: Hédio FazanIndígenas alegam que a terra faz parte dos estudos de demarcação que tramitam sem conclusão. - Crédito: Foto: Hédio Fazan
A Justiça Federal de Dourados decidiu conceder liminar de reintegração de posse a sitiantes que tiveram seus lotes ocupados por indígenas em fevereiro deste ano. Com a decisão provisória, cerca de 7 ruralistas serão contemplados. A Polícia Federal será acionada para cumprir a reintegração de posse.

A primeira propriedade contemplada com a medida é o sítio Bom Futuro. De acordo com uma das proprietárias, Vanilda Alves Valentim, cerca de 100 indígenas estão naquela região. Dois dias depois das ocupações, ela sequer conseguiu chegar em casa. Vanilda relatou que ao notar que a comunidade indígena estava avançando nas ocupações, resolveu levar os filhos para um local seguro para evitar confronto. "Nós decidimos sair porque houve uma tentativa de arrombamento. Além disso, indígenas quebraram as janelas de casa com pedra. Com músicas de guerra e muita gritaria, eles deixaram meus filhos aterrorizados", destacou ao O PROGRESSO.

Indígenas

Recentemente o indígena guarani, Aderson Machado, disse ao O PROGRESSO que as 56 famílias que estão ocupando o local são da Aldeia Bororó. Eles alegam que a terra faz parte dos estudos de demarcação que há anos tramitam em Brasilia sem uma conclusão. Aderson conta que seus antepassados residiam no local e foram expulsos na década de 60. Também garantem que não vão invadir as sedes de áreas rurais, mas que irão resistir a qualquer tentativa de expulsão por força policial. Eles alegam que o uso do agrotóxico das propriedades rurais motivou que eles ocupassem a área para preservá-la.


Em recente manifestação, índios protegeram sitiantes contra novas ocupações :

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