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Indústria de celulose e papel fecha no azul e mantém produção

03 Dez 2015 - 10h08
Indústrias de celulose e papel de MS têm crescimento de 2,72% - Crédito: Foto: DivulgaçãoIndústrias de celulose e papel de MS têm crescimento de 2,72% - Crédito: Foto: Divulgação
Apesar da crise financeira registrada neste ano em praticamente todos os setores da economia brasileira, as indústrias de celulose e papel de Mato Grosso do Sul fecham 2015 com crescimento de 2,72% em relação a 2014, aumentando de R$ 2,20 bilhões para R$ 2,26 bilhões, mas, para 2016, a pretensão é manter o mesmo patamar deste ano em decorrência de as duas novas plantas das principais empresas do segmento estarem ainda em obras e iniciarem a operação somente em 2017.


Segundo o presidente do Sindicato das Indústrias de Celulose e Papel de Mato Grosso do Sul (Sinpacems), Francisco Valério, a produção de papel e de celulose no Estado em 2016 não terá alteração quando comparada ao ano de 2015 e deverá manter a ordem de 2,9 milhões de toneladas. “A produção das novas plantas, cuja a construção teve início neste ano, só iniciarão a produção a partir do último trimestre de 2017. Por isso, em 2016, devemos continuar nos mesmos patamares de 2015”, analisou.


Atualmente, o Brasil é o 4º produtor mundial de celulose e o 9º produtor de papel, sendo que a produção de celulose em Mato Grosso do Sul corresponde a aproximadamente 17% da produção nacional. “Estamos passando por um momento conjuntural difícil no País e, nessa situação, as nossas expectativas precisam ser as melhores possíveis para fazer frente, exatamente, a um cenário de adversidade. O segmento enfrenta diversos desafios, como deficiência na área de logística, aumento de custos, elevada carga tributária e falta de trabalhadores capacitados. Por isso, temos que investir em inovação para aumentar a produtividade de modo a nos mantermos cada vez mais competitivos”, declarou Francisco Valério.


Com 24 indústrias de celulose e papel instaladas e que juntas empregam 3.675 industriários, o segmento tem investimentos de quase R$ 16 bilhões previstos para o Estado de Mato Grosso do Sul. Entre esses empreendimentos estão a instalação da segunda linha de produção da Fibria, com investimento de R$ 7,7 bilhões, e a ampliação da fábrica de celulose da Eldorado Brasil, com aplicação de R$ 8 bilhões, ambos em Três Lagoas.


Com a ampliação das fábricas, Mato Grosso do Sul vai destacar-se ainda mais no cenário industrial como centro mundial de produção de celulose e Três Lagoas se tornará a capital mundial da celulose.


A planta atual da Fibria que tem capacidade para produzir 1,75 milhão de toneladas por ano deve atingir as 3,05 milhões de toneladas por ano, se tornando uma das maiores unidades de produção de celulose do mundo.


Já a produção da Eldorado chegará a 4 milhões de toneladas/ano, o dobro da capacidade atual. O projeto Vanguarda 2.0, como é chamada a ampliação da Eldorado, vai gerar mais de 20 mil empregos diretos e indiretos e está previsto para ser inaugurado em julho de 2018.


Em termos produtivos, a produção brasileira de celulose teve um crescimento de 4,6% de janeiro a outubro de 2015 quando comparada ao mesmo período de 2014, passando de 13,6 milhões de toneladas em 2014 para 14,2 milhões de toneladas em 2015.

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