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Famílias invadem área particular

16 Mai 2011 - 22h08
Famílias de sem-tetos montaram barracos de lona na área invadida e prometem não sair - Crédito: Foto: Hedio Fazan/PROGRESSOFamílias de sem-tetos montaram barracos de lona na área invadida e prometem não sair - Crédito: Foto: Hedio Fazan/PROGRESSO
DOURADOS – Até ontem eram exatamente 238 famílias que estavam ocupando a área onde funcionava a antiga cancha de corrida de cavalos do Jardim Jóquei Clube. A área foi invadida na sexta-feira à noite por decisão de um grupo de moradores que diz que há anos está cobrando o poder público a construção de casas populares no local.

O líder comunitário Paulo Barros da Silva informou que a comunidade vem cobrando desde as eleições para prefeito de 2008, onde ficou acertado com todos os candidatos que no local seriam construídas 250 casas populares com recursos do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC). Nas eleições para governador, Paulo disse que a comunidade voltou a cobrar os candidatos a construção das casas populares e até agora nada foi feito.



O líder comunitário ressaltou que a ocupação foi feita de forma pacífica e respeitando os locais onde serão construídos a escola, posto de saúde, ceim e posto policial. “Só ocupamos mesmo as áreas onde serão construídas as casas”, afirmou. Ele também garantiu que não estão entrando mais famílias na área. “Estamos respeitando o número de casas que ficaram acertadas para serem construídas”, garante.

Paulo disse que não sabe de quem pertence a área, apenas que houve um acordo com candidatos a prefeito e a governador de que a área seria destinada para construção de casas. Ele informou que as famílias não vão sair da propriedade enquanto as autoridades não derem uma solução.

PREFEITURA – A Assessoria de Imprensa da Prefeitura explicou que a área invadida trata-se de uma propriedade particular. Em 2009 iniciou-se um processo de desapropriação da área para construção de casas populares, no entanto, o processo foi suspenso porque não houve acordo com relação a valores.

A reportagem do Jornal O PROGRESSO entrou em contato com o proprietário da área – que pediu para que o nome não fosse divulgado – e informou que não vai se pronunciar a respeito da situação por enquanto, apenas quando tomar uma decisão a respeito do impasse. Ele também não disse se pretende entrar com uma ação de reintegração de posse da propriedade.

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