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Família ‘adota’ comunidade com projetos sociais

10 Ago 2016 - 06h00
Projeto “Marcados para Servir” promove aulas gratuitas  para moradores da Vila Valderez e Mariana. - Crédito: Foto: Flávio VerãoProjeto “Marcados para Servir” promove aulas gratuitas para moradores da Vila Valderez e Mariana. - Crédito: Foto: Flávio Verão
Uma vida dedicada ao voluntarismo sem pedir nada em troca. O casal Ana Lucia Riquelme e Gilson dos Santos desenvolvem ações sociais com comunidades carentes, há pouco mais de 12 anos, através do Projeto "Marcados para Servir". Pastores, eles dizem que o trabalho é resultado de um ‘chamado divino’ para ajudar o próximo. Atualmente, levam atividades, com o apoio de parceiros, também voluntários, a moradores das vilas Mariana e Valderez, em Dourados.


Ana Lúcia e Gilson já percorreram várias cidades e durante idas e vindas, inclusive a Dourados, realizaram inúmeros trabalhos com diferentes comunidades. O penúltimo foi no Dioclécio Artuzi e só deixaram o local por falta de espaço para atender os moradores. "Como há um salão na Vila Valderez decidimos vir para cá, como forma de melhor atender a comunidade", explica Ana Lucia.


Durante os dias da semana ela e o marido têm compromisso com a igreja, mas também com a Associação dos Moradores da Valderez, pois também ministram palavras de fé à comunidade. No final de semana as principais atividades acontecem com aula de dança, muay thai, reforço escolar, teatro, artesanato. O local torna-se ponto de encontro de muitas famílias.


O barracão da associação é simples. Conta com um salão, cozinha, banheiro e três varandas, tudo construído com doações. A comunidade é uma das mais carentes de Dourados e além do trabalho desenvolvido pelo casal, há também outros projetos que ajudam os moradores, como o Mesa Brasil, do Sesc, que leva frutas, verduras e legumes, e o sopão, servido aos domingos, preparado por grupo espírita.


Ana Lucia diz que se sente realizada em ser mais uma voluntária a ajudar a comunidade da Valderez. "Eu e meu marido fazemos esse trabalho porque gostamos. Mas também a ação só é possível porque contamos com a ajuda de amigos", diz ela, ao lembrar dos demais voluntários, como Liliane (aula de reforço escolar), Sônia (artesanato), Ueberson (equipe de teatro). A filha dela, Beatriz, segue os passos dos pais, sendo responsável pelo balé. Fernando Soares Santos é instrutor de artes marciais muay thai.


O PROGRESSO esteve no fim de semana na Associação e acompanhou de perto as aulas dele e de Beatriz. É a primeira vez que Fernando atua como voluntário e confessa a gratificação. "São jovens que precisam da nossa atenção e ,se podemos ajudar, é válido e grandioso o pouco que podemos fazer", avalia.


Como não há equipamentos necessários para o treino, como aparadores de chute e soco, luvas, e nem tatame, Fernando se vira com o que tem, ou seja, com o espaço do salão ou da varanda. Da mesma forma acontece com as demais atividades oferecidas. "Vamos trabalhar com o que temos e vamos fazer aquilo que sabemos fazer. Tudo o que é feito com dedicação é válido, é prazeroso", ensina Ana Lúcia.


Grande parte das atividades é desenvolvida aos sábados e ao final é servido lanche. "Meu maior desejo é conseguir oferecer uma refeição mais reforçada a todas as crianças e adultos que vêm à Associação, como uma janta", confessa Ana Lucia. O desejo dela, aos olhos de quem não conhece a região, pode parecer de pouca significância, mas só quem conhece a realidade de muitas famílias do local sabe o quanto a refeição seria importante e necessária. Como o custo para preparar as refeições é alta, Ana Lúcia está a procura de voluntários a colaborar com doações. O contato do casal é o telefone: 99690-6944.

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