
Para tentar barrar os prejuízos, todas as entidades fazem grande ato público hoje na Assembleia Legislativa. Com milhares de assinaturas num abaixo-assinado, os representantes dessas entidades pretendem pedir apoio dos deputados estaduais de MS para sensibilizar o governador Reinaldo Azambuja. “Nos mais de 30 anos da Pestalozzi de Dourados esta é a primeira vez que um governo tira os professores da sala de aula”, destaca a diretora da escola da Apae de Dourados, Vera Lucia Moreno Di Dio.
Ela destacou que os Estado pretende encerrar o Termo de Cedência dos Professores da Pestalozzi já no próximo dia 20. “Além dos alunos não concluírem o ano Letivo, sem professores teremos que cortar 40 alunos, que ficarão sem nossos serviços”, destaca.
No total, a Pestalozzi atende 101 alunos, mas parte deles continuarão sendo atendidos porque contam com professores cedidos pela Prefeitura.
“Eu terei que reduzir os atendimentos porque primamos pela qualidade no atendimento e não podemos transformar nossa entidade em algo semelhante a um depósito de crianças”, afirma Vera, que diz que ao todo na Pestalozzi, 13 cargos deixarão de existir caso o Estado mantenha seu posicionamento.
Ela diz que a entidade vai reunir mais de 70 pessoas no ato de amanhã e que o transporte só foi possível graças ao advogado Elizio Brites, que doou o frete do ônibus.
A diretora da Apae de Dourados, Elizabete Wirgues, disse que a entidade também sofrerá os impactos significativos. “O Estado fez a proposta de repassar os recursos para que as entidades contratem os professores, o que é uma missão impossível, tendo em vista que além de salários mais baixos, as entidades teriam que arcar com os encargos trabalhistas destes profissionais”, conta.
O vereador Sérgio Nogueira se manifestou a respeito. “A solicitação da Pestalozzi e da Apae de manutenção do convênio, é fundamental para que não haja prejuízo, tanto para as famílias assistidas, como para os profissionais”.
Segundo informado, a Secretaria de Educação do Estado não fará contratação de professores por força de Lei, mas sim Secretaria de Saúde de MS. O Estado garante que não vai faltar professores