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Dourados terá seis escolas integrais a partir de 2017

16 Ago 2016 - 08h20
Visita técnica do professor Pedro Demo a Dourados para implantação do ensino integral. - Crédito: Foto: DivulgaçãoVisita técnica do professor Pedro Demo a Dourados para implantação do ensino integral. - Crédito: Foto: Divulgação
A partir do ano que vem, seis escolas da rede estadual de ensino em Dourados começarão a implantar a modalidade de Educação Integral. Cerca de 200 professores passaram a receber formação técnica da Secretaria de Estado de Educação e a proposta é que, até dezembro deste ano, tudo esteja pronto para a abertura de matriculas.


As escolas estaduais Presidente Vargas, Menodora Fialho de Figueiredo, Floriana Lopes, José Pereira Lins, Antonia da Silveira Capilé e Ministro João Paulo dos Reis Veloso, que juntas atendem 6.442 estudantes, aderiram ao sistema.


No Estado, apenas as escolas estaduais Manoel Bonifácio Nunes da Cunha e Waldemir Barros da Silva, de Campo Grande, têm ensino integral implantados, e a partir dos próximos anos mais escolas sul-mato-grossenses vão aderir ao modelo, uma política do Plano Nacional de Educação (PNE) que até 2024 tem meta de oferecer esse tipo de ensino em 25% das escolas em todo o país.


Na semana passada, professores em Dourados começaram a receber formação da equipe da estadual de ensino. Foram realizadas visitas às escolas e palestras do professor Pedro Demo, um dos organizadores da implantação do ensino integral. Ele é pós-doutor em sociologia e trabalha com metodologia científica, no contexto da teoria crítica e pesquisa qualitativa e pesquisa principalmente a questão da aprendizagem nas escolas públicas.


O professor Nei Elias Coinete, diretor da coordenadoria regional de educação estadual em Dourados, diz que o sistema integral será implementado de forma gradativa. Isso quer dizer que, no ano que vem, as seis escolas vão oferecer os dois modelos de ensino. A expectativa que as instituições implantem o ensino integral de forma definitiva em 4 anos.


Para que isso se torne realidade todas as unidades vão passar por adaptações de infraestrutura e pedagógica. As aulas para a turma integral terão início às 7h30 e vão até às 15h30. O horário de almoço será na própria escola. As primeiras adaptações estruturais, segundo Nei Elias, serão nos refeitórios, com ampliação, e melhoria na velocidade de internet nas salas de tecnologias.


Ampliar a exposição das crianças e jovens a situações de ensino é bandeira fundamental na busca pela qualidade na educação no país. No entanto, a educação integral, segundo Nei Elias, não é sinônimo de mais tempo na escola, apenas. Os alunos matriculados nessa modalidade de ensino vão receber múltiplas aprendizagens por meio do acesso à cultura, à arte, ao esporte, à ciência e à tecnologia, por meio de atividades planejadas. Os estudantes do ensino médio, por exemplo, vão receber ensino técnico profissionalizante, simultaneamente. A ideia é concluam essas séries com uma profissão.


Um dos principais diferenciais da modalidade integral é o acesso dos estudantes à pesquisa, uma espécie de preparação à universidade. Os alunos, conforme explica Nei Elias, serão incentivados à produção de artigos científicos e os professores também terão que se dedicar mais aos estudos. O livro didático continuará nas salas de aulas, porém outras ferramentas poderão ser utilizadas. Outro diferencial será o método de avaliação, a ser baseado de acordo com a produção de cada aluno, não mais por meio de provas. A grande expectativa do ensino integral é melhora cada vez mais a qualidade do ensino, principalmente em português e matemática.

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