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Impeachment

Douradense acompanha com expectiva votação no DF

16 Abr 2016 - 06h00
Painel de LED instalado pela Aced está transmitindo ao vivo trodo o processo de impechment. - Crédito: Foto: Marcos RibeiroPainel de LED instalado pela Aced está transmitindo ao vivo trodo o processo de impechment. - Crédito: Foto: Marcos Ribeiro
Desta vez os douradenses não farão passeata de protesto pró-impeachment nas ruas da cidade. Neste domingo a população está convida a assistir, a partir das 13h, a transmissão ao vivo da votação, na Câmara Federal, do impeachment da presidente Dilma Rousseff através de um painel de LED instalado pela Associação Comercial e Empresarial de Dourados (Aced), na concha acústica da Praça Antônio João.


O painel já está instalado desde ontem em frente a Aced, no cruzamento da avenida Joaquim Teixeira Alves com a rua João Rosa Góes, transmitindo a sessão da Câmara, em Brasília, com discursos dos deputados pró e contra o impeachment.


Hoje o painel de LED será transferido para a Praça Antônio João e estará fazendo a transmissão das manifestações individuais dos deputados. O início da sessão está previsto para às 10h (horário de Mato Grosso do Sul). No domingo, a votação inicia às 13h (horário de MS) e não existe horário para terminar. Provavelmente deverá se encerrar por volta das 21h ou 22h.


A bancada de Mato Grosso do Sul, que tem cinco deputados a favor do impeachment, será a sétima a votar. Pela ordem, o primeiro a votar é o deputado Carlos Marun (PMDB), seguido dos deputados: Dagoberto Nogueira (PDT), Elizeu Dionizio (PSDB), Geraldo Resende (PSDB), José Orcírio dos Santos, o Zeca do PT, Luiz Henrique Mandetta (DEM), Tereza Cristina (PSB) e Vander Loubet (PT).


Marun, Elizeu, Geraldo Resende, Mandetta e Tereza Cristina se dizem favoráveis ao impeachment. Zeca, Vander e Dagoberto se posicionaram contra. A análise do processo começou ontem com o discurso dos parlamentares e amanhã a votação do impeachment. Para passar, o processo precisa ter 342 votos favoráveis – ao todo, são 513 parlamentares na Câmara dos Deputados.

Geraldo


O deputado Geraldo Resende (PSDB), o único deputado que representa Dourados na bancada federal, já anunciou que vai votar em favor do impedimento da presidente Dilma.


O parlamentar vai discursar na Câmara hoje às 10h e às 20h (horários de Mato Grosso do Sul). A transmissão será ao vivo através da TV Câmara e pela internet. Geraldo será o 114ª parlamentar a votar neste domingo.
Ele argumenta que votará pelo impeachment porque o povo brasileiro não suporta mais bancar os custos da corrupção, da ineficiência administrativa, da falta de visão de mercado e, acima de tudo, por causa da perda da credibilidade do atual governo perante a comunidade brasileira e internacional.


"Sintonizado com o clamor que vem das ruas, não posso compartilhar com isso que aí está. O povo brasileiro quer ter de volta a esperança de uma administração que pense principalmente no desenvolvimento sustentável, que faça distribuição de renda, e não distribuição de desemprego", salienta o parlamentar.


Na avaliação de Geraldo Resende, independente do impeachment ser ou não aprovado domingo que vem, a gestão da presidente Dilma Rousseff acabou. "O governo está completamente atrapalhado e sem coordenação nenhuma. A presidente Dilma está apenas pagando por erros que ela mesmo cometeu, principalmente ao deixar de perceber o caminho que o Brasil estava tomando e se distanciar dos parlamentares e de sua base aliada", destaca. "Pelo povo brasileiro e em paz com minha consciência, voto pelo impeachment neste domingo", conclui o parlamentar.


O deputado afirma que seu posicionamento contrário ao atual governo foi expresso na convenção nacional do PMDB, em junho de 2014, quando votou contra a reedição da aliança com o PT. Coerente com esse posicionamento, Geraldo Resende apoiou o então candidato Eduardo Campos para a presidência da República e, após o falecimento deste, a candidata Marina Silva. No segundo turno, o parlamentar subiu no palanque de Aécio Neves.


Tendo a então candidata conquistado a reeleição, Geraldo Resende passou a fazer parte da ala oposicionista, propondo o rompimento total com o governo. Em março deste ano, o parlamentar deixou o PMDB por causa da demora do partido em se posicionar contra o governo petista, estando hoje filiado ao PSDB.

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