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Crise econômica emperra indústria calçadista em MS

15 Dez 2015 - 07h00Por Do Progresso
Sindicato das Indústrias de Calçados de MS  avalia que o desafio para 2016 é manter empregabilidade. - Crédito: Foto: DivulgaçãoSindicato das Indústrias de Calçados de MS avalia que o desafio para 2016 é manter empregabilidade. - Crédito: Foto: Divulgação
Na perspectiva mais otimista possível, a indústria calçadista de Mato Grosso do Sul não deve apresentar crescimento em 2016 devido à crise econômica nacional, conforme projeção feita pelo presidente do Sindicato das Indústrias de Calçados de Mato Grosso do Sul (Sindical/MS), João Batista de Camargo Filho.
Ele destaca que o ano de 2015 foi de encolhimento superior a 20% para o segmento no Estado, quando a expectativa era de crescer 7%.


“O desafio para 2016 é manter a empregabilidade. Estamos focados nisso, mas é preciso que o cenário mude para que o empresário tenha confiança em investir”, declarou o líder sindical, salientando que uma alternativa para as indústrias é a exportação, pois algumas empresas estão conseguindo mercado internacional. “Pelo menos cinco indústrias já fazem esse trabalho, mas o segmento sofre com os importados da China, principalmente, no que se refere aos acessórios, como cintos e bolsas”, avaliou.


Na avaliação de João Batista de Camargo Filho, o momento econômico, a alta carga tributária e o excesso de normas a serem cumpridas inviabilizam o cenário promissor. Atualmente, segundo dados do Radar Industrial da Fiems, Mato Grosso do Sul contabiliza 25 estabelecimentos industriais no segmento calçadista, que juntos empregam ao em torno de 2.126 trabalhadores.


O presidente do Sindical/MS acrescenta que o segmento enfrenta outras situações que acabam contribuindo para onerar os custos, como a grande rotatividade dos trabalhadores, principalmente, na região de Três Lagoas. “A indústria de calçados estadual espera que o trabalho de divulgação dos produtos sul-mato-grossenses em feiras voltadas para o segmento resulte na conquista de novos mercados. O Sindicato atua no sentido de buscar a participação nas feiras para abrir novos canais de vendas e divulgação do Estado”, disse.


Para o próximo ano, o desafio é continuar com a oferta de cursos para diminuir o déficit de mão de obra qualificada no intuito de atender as empresas instaladas do Estado. “O Sindicato quer ampliar a oferta de cursos, por meio de parceria com o Senai, para amenizar o gargalo. Com a qualificação, cria-se um ambiente mais adequado para atrair indústrias para o Estado”, pontuou João Batista de Camargo.

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