
As crianças chegaram tímidas ao Círculo Militar, por volta das 13h30, mas logo se sentiram à vontade ao serem recepcionadas pela equipe do Exército, Juizado e Promotoria
Eneida Gebaile, coordenadora do Projeto Padrinho, é responsável pelas atividades e o cadastro de famílias voluntárias que fazem algum tipo de trabalho esporádico nos abrigos. Segundo ela, 6 crianças estão disponíveis à adoção (3 meninos e 3 meninas), com idades entre 8 e 11 anos. No ano passado houve duas adoções.
“São crianças que precisam de carinho, para isso realizamos o Projeto Padrinho para que famílias possam acolher num final de semana ou realizar qualquer tipo de atividade que as beneficiem”, disse Eneida. O cadastro de padrinhos é feito nas tardes de quartas-feiras, no Fórum de Dourados.
A maioria das crianças que vão parar em abrigo são vítimas de violência ou negligência familiar. Na tarde de ontem, cinco irmãos tiveram a oportunidade de se encontrar. Há um ano eles estão em abrigos diferentes, para meninos e meninas. O pai delas, doente, está no Lar do Idoso e a mãe não tem condições de cuidar dos filhos.
Monica Roberta de Medeiros, diretora do Lar Santa Rita, diz que quatro crianças estão em processo de adoção. Algumas chegam ao lar ainda pequenas e só saem quando completam maioridade, no entanto, uma delas decidiu ficar e hoje é funcionária. Com 18 anos, a moça cursa faculdade na UFGD, sendo considerada um exemplo para as demais crianças abrigadas.