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Campanha continua

O PROGRESSO entrega agasalhos na Reserva Indígena

27 Jun 2016 - 17h01
Roupas da Campanha do Agasalho realizada pelo Jornal O Progresso são entregues à família da senhora Salina - Roupas da Campanha do Agasalho realizada pelo Jornal O Progresso são entregues à família da senhora Salina -
Agasalhos foram entregues nesta segunda-feira (dia 27) na Aldeia Jaguapiru pelo O PROGRESSO que faz campanha de arrecadação. Desta vez, as entregas priorizaram as famílias que vivem em barracos e que sofrem mais com o inverno. No local, o jornal teve acesso a uma grande família, com muitas crianças e a dona de casa Aparecida Salina conhecida pela sua generosidade.

Dona Aparecida, matriarca da família, conta que recebe todos os dias muitas crianças, amigos dos filhos, que são nove (cinco meninas e quatro meninas), que vêm jogar bola, ou brincar de boneca, e prepara para quem chega um sopão com o que eles conseguem arrecadar de alimentos. "Agora mesmo estava preparando a sopa. Lá pelas 5h da tarde, quando voltam da escola, meninos vêm jogar bola, andar a cavalo, meninas brincam de boneca e todos comem a sopa que eu, com ajuda da minha filha e nora preparamos", disse ela, com um sorriso no rosto.

"Com as doações recebidas, a gente fica muito feliz, porque, ás vezes, a gente que tem filhos não manda nem para escola porque não tem uma meia, um sapatinho para pôr no frio. Pra mim, é maravilhoso", relata ela. Sobre as dificuldades enfrentadas no frio, ela diz que é muito sofrido."Principalmente, com as crianças, a gente sofre por falta de agasalho. A Missão ajuda, mas ainda é muito pouco", conta dona Salina.

Perguntada sobre a possível construção de casas para as famílias que vivem em barracos na aldeia, ela responde: "Já veio muito político, principalmente em épocas de eleições, que promete tudo em troca de votos. Fala que vai construir casas, dar trator, óleo, a gente vota, mas passa as eleições e nada".

Sobre ajuda que recebem de instituições, Aparecida explica que eles recebem do governo, mas que ainda é muito pouco. "As cestas básicas vem com dois pacotes de arroz, um de óleo, que não dá para terminar o mês".

Ela informou também que a Funai não ajuda mais a Aldeia, que eles vão lá e dizem que as doações já foram tudo para os assentados, para quem invade fazendas. "A gente que fica aqui quietinho, na nossa propriedade, não ganha. Será que a gente vai ter que invadir alguma fazenda para ganhar?" Indagou ela.

A Campanha do Agasalho continua. Quem tiver agasalho, cobertores, calças, casacos, sapatos, meias, também de bebês e crianças, que não usam já há algum tempo, ou alimento não-perecível, cestas-básicas, ajude trazendo na sede do Jornal O Progresso, à Rua Presidente Vargas, 447, em frente à Praça Antônio João.

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