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Campanha arrecada agasalho em Dourados

20 Mai 2011 - 22h32
Campanha arrecada agasalho em Dourados -
DOURADOS - Com poucas palavras e muita vontade, uma ideia que surgiu numa roda de amigos se transformou rapidamente numa maciça campanha de mobilização da sociedade douradense em prol de uma causa comum: a solidariedade. Com o frio já castigando a cidade, acadêmicos de Direito/UFGD e Projeto Bem-me-Quer uniram forças para arrecadar calçados, roupas e cobertores para serem doados à instituições de assistência social e em bairros periféricos de Dourados. O Projeto Bem-me-Quer é um grupo de acadêmicos da UFGD e UEMS dirigido pelo Centro Acadêmico de medicina, que realiza humanização hospitalar no HU, utilizando como ferramenta o palhaço.

Hoje grupos de acadêmicos visitarão a região do Parque Alvorada, Jardim Água Boa, Rigotti e Santo André. Eles vão passar de casa em casa arrecadando doações. Essa ação será repetida no próximo sábado, dia 28 de maio, quando será encerrada a campanha. Além da arrecadação nas casas, o projeto Bem-me-quer disponibiliza pontos fixos para que a população possa depositar os agasalhos. São eles: HU (recepção); CEUD (recepção); Restaurante Universitário (campus II da UFGD); Shopping Avenida Center, na Loja Morana; Prefeitura (Sec. De Obras); Kebab’s Café (R. João Rosa Goes, entre Weimar e Marcelino); e Cartório Eleitoral de Fátima do Sul.

Com os materiais arrecadados os acadêmicos esperam beneficiar uma média de 400 pessoas. Todas elas de baixa renda. De acordo com a quantidade de doações, poderão beneficiar mais de uma entidade ou centro filantrópico da cidade. “Acreditamos que sozinhos não seríamos significativos, mas com o apoio da sociedade, a Campanha pode conquistar um grande sucesso”, dizem os acadêmicos.

HUMANIZAÇÃO

A formação humanística, essencial para um profissional da saúde, não começa na Universidade, mas na experiência pessoal de cada um. Contudo, cabe à academia possibilitar uma formação que atente para essa necessidade. Somada com a situação precária de hospitais públicos e os valores questionáveis da sociedade contemporânea, hedonista e individualista, essa carência de valores humanísticos contribui para a criação de traumas psicológicos no processo de internação hospitalar.

O ser humano, por essência um ser social, sente prazer em conviver e interagir com outras pessoas. Por isso, os integrantes do projeto Bem-me-Quer procuram construir no Hospital Universitário de Dourados um ambiente de convívio que cultive sentimentos de confiança e ajuda mútua. Eles usam metodologia lúdica com finalidade de humanização, desenvolvida através do palhaço. Os acadêmicos aliviam as tensões dos pacientes, trazendo resultados psicológicos imediatamente benéficos ao tratamento e à recuperação.

ARTE-PALHAÇO

Com jalecos brancos, os palhaços se fazem passar por integrantes da equipe de saúde e como caricaturas deles, melhoram significativamente a relação profissional-paciente. As ações objetivam, além da humanização no serviço prestado ao paciente, a transformação também dos acadêmicos. Busca também transcender a noção de solidariedade entre os estudantes, semeando a responsabilidade social e proporcionando experiências inéditas.

Neste ano acadêmicos de todos os cursos da UFGD e UEMS estão participando do projeto. A tendência é que se monte gradualmente um grupo multiprofissional, trazendo uma discussão democrática e mais madura para as futuras ações do projeto. Outra novidade é a abertura de duas novas frentes de ação: além do palhaço, o Bem-me-Quer conta com um grupo de Contação de Histórias e outro de Música, para atender da melhor forma as necessidades dos pacientes do HU. O trabalho realizado

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