Membros do Grupo de Estudo e Apoio a Profissionais e Pais em Autismo (Geappa), profissionais da saúde, professores e estudantes de pedagogia e psicologia da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) também participarão da blitz, que tem o apoio da Polícia Militar e Guarda Municipal.
A campanha visa ressaltar a necessidade da conscientização dos familiares quanto à importância do tratamento das crianças, e que, quanto antes o diagnóstico, melhor a condição da criança de superar a dificuldade.
“Muitos pais percebem que seu filho tem características diferentes, mas não sabe que é autismo. O tratamento desde o início facilita a inserção da criança na sociedade”, diz a presidente da Associação de Pais e Amigos dos Autistas da Grande Dourados (AAGD), Ana Cláudia Pereira Brito.
Sinais como a demora no desenvolvimento da fala e a falta de socialização nas brincadeiras são apresentados logo cedo e os pais devem estar atentos.
“Existem pessoas com sintomas e que não sabem que sofrem do transtorno, ou pais, principalmente de primeira vigem, que acham que é preguiça do filho em falar ou brincar com outras crianças”, avisa Ana Cláudia.
“Os pais que sabem que seu filho é portador da síndrome geralmente isolam a criança, muitas vezes por não saber que seu filho tem direito, por exemplo, de ser incluído no ensino regular. Alguns pais não permitem que o filho vá para a escola por não saber que lá ele conta com professores de apoio que auxiliam no aprendizado”, destaca Cristiane de Graaw Souza, vice-presidente da AAGD.
Dificuldade em se juntar com outras pessoas, resistência em mudar de rotina, risos inapropriados, não temer os perigos, pequena resposta aos métodos normais de ensino, aparente insensibilidade à dor, repetição de gestos, palavras ou frases, angústia sem razão aparente, não responder às ordens verbais, agindo como se fosse surdo, e dificuldade em expressar suas necessidades utilizando gestos ou sinais ao invés das palavras, são alguns dos sintomas apresentados em crianças diagnostica-das com autismo.
Em Dourados e região existem pelo menos 80 pessoas com o transtorno. A incidência da síndrome é maior em meninos, sendo que cada criança apresenta sintomas e perfil diferentes.