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Editorial

Aumento dos impostos

13 Nov 2021 - 07h00
Aumento dos impostos -

O brasileiro não aguenta mais ouvir falar em reajuste de impostos. Todo ano é assim, embora há governantes que adotam o bom senso e congelam alguns dos tributos, como é o caso do prefeito Marcos Trad, de Campo grande, que não vai aumentar o IPTU de 2022, diferentemente de Dourados, onde o prefeito Alan Guedes irá aumentar o imposto em 10% e ainda começará a cobrar a taxa de lixo.

As inúmeras ações implementadas para conter o avanço da pandemia provocada pelo novo coronavírus trouxeram impactos em todos os setores da economia. Ficou rui para todo mundo. Entre eles, os cofres públicos, que tiveram diminuição na arrecadação de tributos devido à desaceleração da atividade econômica.

Se para o governo ficou ruim, para o cidadão, em específico os mais pobres (maioria da População), a situação ficou ainda pior. A economia está retomando, mas o índice de desemprego continua grande e as incertezas no mundo dos negócios ainda continua no ar. 

O tributo, que deveria ser um instrumento de diminuição das desigualdades sociais não apenas no momento em que é aplicado nas políticas públicas, mas também no momento em que é recolhido, não é devolvido à população da forma como deveria. 

Em Dourados, segundo maior município do Estado, a população anseia o retorno dos impostos, a começar na saúde. A prefeitura já arrecadou este ano quase R$ 1 bilhão de impostos, enquanto isso, postos de saúde não têm insumos básicos como esparadrapo, gaze, agulha.

A taxa de iluminação pública, paga sagradamente pelos contribuintes, já que vem embutida na conta de energia, também não tem sido devolvida à população como deveria. Ruas na escuridão demostram que a arrecadação ao setor de R$ 17 milhões não está sendo empregada como deveria. 

O mais interessante é que, quando o cidadão não paga o IPTU, por exemplo, corre o risco de perder o imóvel, ou de ter o veículo apreendido, se não pagar o IPVA. Já o governo que não faz o retorno dos impostos...é outra história. Pesos e medidas diferentes. Não deveria.

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