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Aparelho pode evitar cobrança abusiva

29 Jun 2011 - 22h13
Aparelho pode evitar cobrança abusiva -
DOURADOS – Está em fase de teste em Dourados o ‘mototaxímetro’, equipamento que se aprovado pelo órgão de metrologia e pela prefeitura pode acabar com a cobrança abusiva de preços praticados por alguns mototaxistas da cidade. O instrumento calcula com exatidão os quilômetros rodados pelo moto-táxi durante o transporte do cliente e a cobrança pelo serviço é tabelada.

O equipamento está sendo testado na motocicleta do presidente da Associação dos mototaxistas de Dourados, Fernando Roberto dos Santos. Segundo ele, o aparelho foi instalado no dia 15 de junho e permanecerá na moto por um mês. “O dispositivo é uma medida eficaz e tem por mérito garantir mais transparência na hora que o cliente for pagar pelo serviço da corrida”, garante Fernando Roberto. Nesses quase 15 dias de aparelho na motocicleta, ele avalia que os resultados foram positivos e mostraram que o mototaxímetro é um dispositivo ‘transparente’.


Para entrar em funcionamento é necessário a aprovação da prefeitura de Dourados e a aferição dos equipamentos pelo Instituto Nacional de Metrologia e Normalização (Inmetro). “Já enviamos um projeto de instalação dos aparelhos para a prefeitura, que está estudando a proposta”, disse o sindicalista. Ele acredita que não há tempo para o sistema funcionar ainda esse ano.


O valor cobrado pelo mototaxímetro, segundo ele, seria de acordo com o preço da tabela. Em Dourados há 200 mototaxistas. Eles são concursados. O problema é que na cidade existe os clandestinos. Eles não usam colete e capacete da cor laranja. De acordo com Sindicato, falta fiscalização para punir os profissionais irregulares.



Preço justo

O número de reclamações de usuários de moto-táxi sobre o preço abusivo é grande. A doméstica Idenir da Silva Conceição tomou um susto ao perguntar para o profissional o preço de uma corrida. “Eu queria ir do Terminal do Transbordo até o Pronto de Atendimento Médico (PAM). Antes de subir na moto perguntei sobre o preço e fui informada de que seriam R$ 10. Achei muito caro”, disse a doméstica. “Questionei o mototaxista e ele disse que poderia então fazer a corrida por R$ 8”, reiterou, questionando, mesmo assim, ser caro o transporte.

A usuária, que procurou O PROGRESSO para reclamar, não pegou recibo da corrida para comprovar o preço pago, como é costume para a maioria dos usuários. O valor cobrado pelo mototaxista foi abusivo e se comprovado a prática ele poderia ser punido.

O presidente da Associação dos mototaxistas reconhece que pode ocorrer de alguns profissionais cobrar preços abusivos, além do que prevê a tabela aprovada pela Prefeitura. Ele garante que todos os casos, quando existe denúncia, são advertidos. Por isso ele recomenda que o usuário siga certas orientações para não passar por constrangimentos.

O primeiro passo é ter conhecimento da tabela. São duas bandeiras. A primeira funciona de segunda a sábado das 6h às 20h. O valor da corrida é R$ 4 até quatro quilômetros. Acima disso, o profissional já poderá cobrar acréscimo de R$ 1 a cada quilômetro rodado. A bandeira 2 funciona de segunda a sábado das 20h às 6h e também aos domingos e feriados com acréscimo de 50% do valor cobrado na bandeira I, ou seja, R$ 2 a mais, totalizando R$ 6.

Fernando orienta que o passageiro deve se certificar do preço que o mototaxista está cobrando antes de confirmar o serviço. “Sempre que for feita uma corrida o cliente deve pedir o recibo, que todo o profissional tem, com o preço cobrado e a indicação dos locais de partida e chegada”, disse o presidente do sindicato.

Por meio do recibo o passageiro tem o direito de reclamar sobre o preço abusivo. A denúncia pode ser feita no Sindicato dos mototaxistas (3421-3132) e no Setor de transporte da Secretaria de Serviços Urbanos (3411-7121). Esses números estão estampados nos coletes dos profissionais. A reclamação também pode ser feita no Procon (3411-7706).

Reajuste

Há três anos a tabela dos mototaxistas está sem reajuste. No projeto encaminhado à prefeitura a categoria reivindica alteração de R$ 0,25 no quilômetro rodado da bandeira um. Hoje ela está em R$ 1 e passaria a R$ 1,25. A bandeira dois que é de R$ 1,50 o quilômetro saltará para R$ 1,75. Em Campo Grande o novo preço definido pela prefeitura ao quilômetro rodado do moto-taxi é de R$ 0,86 na bandeira 1 e em R$ 1,02 na bandeira II.

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