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Fidel Castro admite erros da revolução, menos a traição

20 JAN 2011 • POR • 19h05
O presidente Fidel Castro durante encontro com estudantes em Havana, em 2010. - Foto: AFP
O líder cubano Fidel Castro, que governou Cuba durante 48 anos, admitiu hoje que a revolução cometeu erros, mas nunca traição, e destacou que \"continua de pé\" apesar da política de agressão dos Estados Unidos.

\"Nós, revolucionários cubanos, cometemos erros, e continuamos cometendo, mas jamais cometeremos o erro de ser traidores\", disse Castro, de 84 anos, que se afastou do poder há quatro anos por motivos de saúde.

\"Nunca escolhemos a ilegalidade, a mentira, a demagogia, o engano do povo, a simulação, a hipocrisia, o oportunismo, o suborno, a ausência total de ética, os abusos de poder, incluindo o crime e as torturas repugnantes\", afirmou.

Em um artigo publicado na imprensa local sobre a crise alimentar mundial, acrescentou que \"talvez o principal erro de idealismo cometido foi pensar que no mundo havia uma determinada quantidade de justiça e de respeito ao direito dos povos quando, certamente, não existia absolutamente\".

Lembrando a crise dos mísseis (1962) e a invasão da Baía dos Porcos (1961), o líder comunista afirmou que a revolução \"se mantém de pé\" apesar da política mantida durante meio século por 11 presidentes na Casa Branca.

\"Desapareceu a URSS (União Soviética), e a revolução seguiu adiante. Não foi feita com a permissão dos Estados Unidos, e sim submetida a um bloqueio cruel e impiedoso\", finalizou.


(G1.com)