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Apesar de enchentes, ministro diz que risco de dengue no RJ não é alto

18 JAN 2011 • POR • 21h35
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, fala no encontro com representantes de empresas de todo o país em busca de mobilização para a prevenção e combate à dengue. - Foto: Elza Fiuza/ABr
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou nesta terça-feira (18) que, apesar das enchentes no Rio de Janeiro, os municípios mais afetados não têm risco alto de epidemia de dengue. Segundo ele, a atenção do ministério está mais voltada para o combate a outras doenças, mas o monitoramento quanto a casos de dengue continua.

\"Lá não estava entre os municípios com mais alto grau de infestação do aedes. É lógico que vamos continuar a vigilância sobre isso, não só sobre dengue, mas sobretudo quanto às doenças que advêm de situações como essa\", disse o ministro.

\"No kit inicial que nós encaminhamos, com sete toneladas de medicamentos, tem componentes pra purificação da água, e ontem mesmo nós encaminhamos mais 30 mil litros de hipoclorito, pra que possa ter uma ação direta sobretudo na purificação da água, que é a principal preocupação neste momento\", disse o ministro. A leptospirose, doença transmitida pela urina de roedores, é uma das doenças a serem combatidas com essa medida, segundo Padilha.

O ministro afirmou também que o ministério já deu início a ações de prevenção do tétano, da raiva e de outras doenças na região.

\"Tem animais peçonhentos que saem do seu ambiente normal e passam a conviver transitoriamente onde as pessoas estão. Temos essa preocupação com a prevenção, cuidados que as pessoas têm que ter, andar calçados, etc. Divulgamos tanto no site do ministério quanto no próprio local, e a estrutura da rede de atenção e prevenção para vacinação e garantia de soro para essas situações\", declarou.

Segundo o ministro, os hospitais federais da região já oferecem atendimento a pacientes crônicos, como hipertensos e diabéticos, que podem ter perdido as receitas e os medicamentos devido às enchentes e necessitam de auxílio especial.

\"Nós colocamos toda nossa rede de hospitais federais à disposição da secretaria estadual, das secretarias municipais para a internação de pacientes, e suspendemos desde quinta-feira (13) as cirurgias eletivas para que as salas de cirurgia fiquem priorizadas para as cirurgias de urgência\", disse, lembrando também que foram suspensas as férias de profissionais de saúde da rede pública da região, para que o quadro de funcionários trabalhando seja o máximo possível.

\"Nós também temos 50 profissionais, médicos e enfermeiros treinados no Rio de Janeiro para situações de resgate como essas, que enfrentaram situações no Haiti, Pernambuco, Alagoas, Santa Catarina e outras enchentes\" afirmou o ministro.

Em encontro realizado em Brasília nesta terça, o ministro da Saúde convocou representantes de empresas privadas que têm interesse em ações de responsabilidade social para se juntarem ao ministério na divulgação do combate à dengue.

(G1.com)