Esporte

Opositor, Tirone prega a criatividade no futebol e harmonia no Palmeiras

18 JAN 2011 • POR • 23h30
Arnaldo Tirone promete acalmar ambiente político no Palestra Itália - André Sanches / CBN
Candidato da oposição palmeirense à presidência, Arnaldo Tirone Filho tem um nome que remete a um passado histórico no clube. Filho de Arnaldo Tirone, famoso dirigente do Palmeiras nos tempos dos presidentes Delfino Facchina e Ferrucio Sandoli, Pituca – como é conhecido – transita pelos corredores do Palestra Itália desde os 5 anos.

Homem ligado aos ex-presidentes Mustafá Contursi, Afonso Della Monica e Carlos Facchina, Tirone faz parte do grupo de Roberto Frizzo, candidato derrotado nas eleições passadas por Luiz Gonzaga Belluzzo e nome forte para ser seu vice de futebol, se a oposição vencer as eleições desta quarta-feira.

Aos 60 anos, Tirone é ligado ao mercado imobiliário e tem ainda um restaurante em São Paulo. No Palmeiras, ele já ocupou cargos da diretoria, além de ter sido membro do COF (Conselho de Orientação Fiscal) do clube. E no seu plano como possível comandante do Alviverde pelos próximos dois anos, ele pretende mexer com o futebol do Alviverde, historicamente conturbado.

- Não há como ser diferente. O futebol tem de ser priorizado em um clube como o Palmeiras e com criatividade. É você priorizar as oportunidades e fazer investimentos com retorno, com jogadores, e não fazer contratações que não deem retorno financeiro ou de títulos ao clube – disse Tirone.

As categorias de base, assim como no plano dos concorrentes Paulo Nobre e Salvador Hugo Palaia, estão entre as prioridades. Uma das reclamações mais frequentes nos bastidores é que o clube não consegue fazer dinheiro com os atletas que cria nas divisões inferiores de futebol, como acontece com os rivais Corinthians, São Paulo e Santos.

- A base está fazendo um trabalho mais profissional, e não é verdade que o clube não revela jogadores. Eles estão espalhados em outros times, como Corinthians, Flamengo entre outros. Não ficaram no Palmeiras, mas se tornaram profissionais. O que temos é de ficar atentos para não perdermos os jogadores. A base é um patrimônio do clube. Só precisa de uma melhor atenção, pois o trabalho já está sendo bem feito – analisou.

Caso assuma o clube após a passagem de Luiz Gonzaga Belluzzo, Tirone terá a missão de finalizar as obras da Arena Palestra Itália, moderno estádio que tomará o lugar do antigo Palestra Itália – a arena começou a ser demolida em outubro passado. Em uma situação que chama de “irreversível”, o candidato só espera que a WTorre, empresa responsável pelas obras, cumpra com os acordos estabelecidos.

- Ela vai ter de fazer a parte que lhe cabe. Tem de cumprir com as cláusulas estipuladas no contrato, e isso não depende mais da gente. É um objetivo nosso, sempre foi, desde os tempos do Mustafá Contursi (presidente entre 1993 e 2005).

Além das preocupações com o futebol e a Arena Palestra, Tirone afirma que tentará privilegiar o relacionamento entre os palmeirenses. De política quente e conturbada, ele espera poder ajudar o Palmeiras no processo de pacificação entre os grupos que existem no clube.

- O Palmeiras é um clube de colônia, onde a política nunca foi tranquila. Participo disso há muitos anos. Tem de saber administrar porque o emocional aqui é complicado. É preciso equilibrar a parte administrativa e financeira, colocando transparência nas coisas para começar a melhorar um pouco este outro lado. E acho que tenho condições de harmonizar a parte política – frisou.

(globoesporte.com)