Palaia quer manter conselho gestor e vê base como salvação palmeirense
18 JAN 2011 • POR • 13h30Atual vice, Salvador Palaia é um dos candidatos da
situação - Marcos Ribolli / Globoesporte.com
Dos candidatos à presidência do Palmeiras para o próximo biênio, Salvador Hugo Palaia é o que tem mais idade. Aos 77 anos, ele acredita que isso não é um empecilho para que comande o clube com o qual mantém laço como conselheiro desde a década de 70. Apesar de ser um membro da situação, o cartola, que é vice de Luiz Gonzaga Belluzzo, não poupa críticas a atual administração.Polêmico, o dirigente já ocupou diversos cargos no Palmeiras. Nas últimas eleições, ele abriu mão de se lançar candidato para apoiar o atual presidente. Nesta, porém, não recebeu a compensação de Belluzzo para a sua candidatura – e daí um pouco da bronca com o mandatário alviverde.
- Ele pode ser um bom economista, mas provou que não pode comandar o futebol. Dizem que sou polêmico, mas isso não é verdade. Não sou de fazer média com ninguém. E, se eleito, vou passar a minha experiência. Não gostaria que outros passassem por problemas que eu já passei no Palmeiras. Os jovens estão chegando ao clube e precisam se aproximar das pessoas que já viveram mais - afirmou Palaia, que terá como concorrentes Paulo Nobre e Arnaldo Tirone Filho.
Durante o período em que Belluzzo esteve ausente do comando do clube por problemas de saúde, foi Palaia quem assumiu a direção do Palmeiras. Durante 45 dias, o empresário do ramo imobiliário esquentou a política do clube, trocando todos os membros da diretoria de futebol e implantando um conselho gestor, que pretende manter, caso seja eleito.
- O conselho gestor continuará com três diretores, sempre comandado pelo presidente. Além do que temos no futebol, teríamos um para o clube e outro para o futebol amador. O administrativo servirá para dar uma previsão dos gastos durante todo o ano. É uma forma de controlarmos as contas do clube e não extrapolarmos os orçamentos que temos.
Palaia também pretende abraçar no seu plano as categorias de base do clube. Segundo o dirigente, os cuidados com os garotos do CT de Guarulhos e a atenção ao futuro centro de treinamentos em São Roque são primordiais. O CT no interior paulista será construído em um terreno cedido pela prefeitura, com base na Lei de Incentivo ao Esporte, e as obras devem começar no primeiro semestre deste ano.
- Pretendemos dar apoio maior às categorias de base porque, no momento, elas são a solução para o futebol brasileiro. Precisamos dar um suporte maior, inclusive nomeando uma comissão de diretores. Jogadores mais experientes poderiam nos ajudar nisso. Sem falar que a base pode nos ajudar a resolver parte dos problemas financeiros.
Sobre possíveis contratações em caso de vitória nas urnas, o cartola procura não iludir o torcedor. Uma alternativa para solucionar as dificuldades com caixa para adquirir novos nomes, segundo ele, é a parceria com investidores. Assim, ele afirma que pretende reativar os contatos com grandes empresários e até mesmo com a Traffic, parceria sempre questionada dentro do Palmeiras, ainda mais pela ajuda ao Flamengo no caso Ronaldinho Gaúcho.
- Não posso iludir o torcedor com grandes contratações pelo problema financeiro. Mas poderíamos arrumar patrocínios com empresas para trazer jogadores ao clube. Para isso, conversaríamos com a Traffic, o Juan Figger, o Sonda. Tendo boas propostas, o Palmeiras poderia conversar
(globoesporte.com)