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Número de mortos na região serrana do Rio chega a 335

12 JAN 2011 • POR • 16h45
Imagem mostra lama que tomou conta de Friburgo - Foto: Reprodução TV Globo
As chuvas na Região Serrana do Rio de Janeiro mataram no total 335 pessoas desde terça-feira (11). Em Teresópolis, a cidade mais atingida, morreram 130 pessoas no que o governo do estado chegou a descrever como a maior tragédia da história da cidade. Em Nova Friburgo, morreram mais de 100 pessoas, de acordo com o vice-governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão. Em Petrópolis, os mortos passam de 30, a maioria deles no Vale do Cuiabá, no Distrito de Itaipava.

A infra-estrutura da região foi atingida com severidade. Houve falta de luz, telefone e transporte nas três cidades. Bairros inteiros ficaram isolados e só na noite desta quarta-feira (12) equipes de resgate começaram a dar conta da catástrofe em algumas das áreas mais atingidas. Em um desses esforços, foi resgatado com vida, sem arranhões, um bebê de seis meses de idade em Friburgo. À noite, em Teresópolis, as buscas foram suspensas por falta de iluminação.



Oitocentos homens da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros tentam localizar desaparecidos em Teresópolis. O secretário do Ambiente do estado do Rio de Janeiro, Carlos Minc, classificou a chuva como a \"maior catástrofe da história de Teresópolis\". “Não foi possível escolher o que ia cair. Casa de rico, casa de pobre. Tudo foi destruído”, disse a empregada doméstica de 27 anos, Fernanda Carvalho.

A prefeitura designou dois abrigos para receber desabrigados: o Ginásio Pedrão, no Centro de Teresópolis, com capacidade para 800 pessoas, e um galpão no Bairro Meudon, onde podem ser alojadas 400 pessoas. Os desalojados na cidade são 1280 e os desabrigados, 960.



Os bairros mais atingidos em Teresópolis foram Bonsucesso, Caleme e Biquinha. Também registraram vítimas Poço dos Peixes, Vale Feliz, Fazenda da Paz, Posse, Paineiras, Jardim Serrano, Parque do Imbuí, Granja Florestal e Barra do Imbuí, Pessegueiros e Salaquinho.

Em Nova Friburgo, a maior parte das vítimas morava no bairro de Conselheiro Paulino. A chuva forte deixou a cidade sem sinal de telefonia, sem luz e sem transporte nesta quarta (12). À tarde, moradores perambulavam pela cidade cheia de lama sem saber o que fazer. O ginásio de uma escola estadual é usado como necrotério.

O trabalho de resgate das vítimas da tragédia causada pela chuva na cidade é reforçado por homens do Grupamento de Busca e Salvamento que atuaram no Morro do Bumba, em, Niterói, em Angra dos Reis e no Haiti. À noite, integrantes desse grupamento resgataram com vida um bebê de seis meses de idade. Também resgatado com vida, o pai dele passou 15 horas soterrado, abraçado ao filho.