Mundo

Ministros do Hezbollah e aliados se demitem do governo do Líbano

12 JAN 2011 • POR • 17h45
O premiê do Líbano, Saad al-Hariri, é recebido pelo presidente dos EUA, Barack Obama, no Salão Oval da Casa Branca, nesta quarta-feira - Foto: AP
Onze ministros do movimento islâmico Hezbollah e seus aliados políticos anunciaram nesta quarta-feira (12) sua renúncia no Líbano.

Eles pediram ao presidente Michel Suleiman que forme um novo governo. Eram necessárias 11 renúncias (mais de um terço dos 30 ministros) para derrubar o governo de coalizão do premiê Saal al-Harir

O premiê recebeu a notícia nos EUA, em encontro com o presidente americano, Barack Obama. Ele anunciou que anteciparia sua volta para casa para tratar da crise, mas depois seu escritório informou que ele dirigiu-se a Paris para discutir com o presidente francês, Nicolas Sarkozy.

Políticos libaneses disseram na terça-feira que a Síria e a Arábia Saudita foram incapazes de forjar um acordo político a respeito do tribunal da ONU que deve julgar os suspeitos pelo assassinato do ex-premiê Rafik al-Hariri, pai do atual primeiro-ministro. O crime ocorreu em 2005.

Discordâncias sobre a investigação paralisaram o governo de coalizão e retomaram temores de um conflito sectário no país.

Membros do Hezbollah devem ser indiciados pela morte de Rafik al-Hariri, mas o grupo xiita nega qualquer envolvimento e diz que o tribunal da ONU é um \'projeto israelense\'.

Saad al-Hariri, no entanto, resistia à pressão para rejeitar as conclusões do tribunal.

(G1.com)