Saúde

Nem tudo é depressão, mostra pesquisa

12 JAN 2011 • POR • 13h58
BELO HORIZONTE - Pensando na questão da depressão infantil, que atinge cerca de 2% das crianças de até 12 anos e 4% dos adolescentes em todo o mundo, os especialistas Mara Lúcia Cordeiro e Antônio Carlos de Farias, do Hospital Infantil Pequeno Príncipe, de Curitiba, escreveram o livro \"Transtornos Mentais em Crianças e Adolescentes - Mitos e Fatos\", recém publicado pelo hospital.

A intenção é alertar os pais de que os sintomas da doença nas crianças são diferentes dos apresentados pelos adultos, o que às vezes leva a um errado diagnóstico primário, dentro de casa.

Pais, às vezes, pensam que o filho está doente quando na verdade ele está normal, e com isso levam as crianças a consultó-rios e iniciam nesta fase da vida o uso de antidepressivos, quanto uma boa dose de atenção, melhor alimentação e atividade física resolveriam a questão.

Segundo os autores do livro, nestes casos ocorre uma valorização de um sintoma como, por exemplo, a tristeza passageira, que acomete qualquer criança quando se perde um animal de estimação ou no caso de ir mal na escola.

Quando a criança está com depressão, essa tristeza a acompanha por bastante tempo, mais de dois meses. Outros sintomas da doença nos pequenos são agitação, irritabilidade e desânimo para atividades divertidas, como ao ar livre.

#####DEPRESSÃO

A depressão é uma doença que afeta o estado de humor, com predominância anormal de tristeza. Mulheres são duas vezes mais afetadas que os homens. Criança e idoso também sofrem de depressão mas nestas faixas etárias a doença tem características particulares.
Fatores genéticos e neuroquímicos somados ao ambiente - estresse, estilo de vida, crises, menopausa, e outros - podem detonar a depressão. Entre os sintomas estão falta de interesse por atividades que antes apreciava, perda ou ganho de peso, alteração do sono, raiva persistente, entre outras. A doença tem cura. (Agência Graffo)