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Professora que escreveu livro picante sobre alunos quer voltar a ensinar

10 JAN 2011 • POR • 20h45
A professora britânica Leonora Rustamova em foto divulgada pela imprensa local. - Foto: Reprodução
A professora britânica Leonora Rustamova, de 40 anos, recorreu à justiça trabalhista para ter seu emprego de volta depois de ter sido demitida porque escreveu um livro com conteúdo erótico com personagens baseados em seus alunos.

Ela afirmou que a ficção foi publicada por seu marido na internet, sem o conhecimento dela, segundo a imprensa britânica.

O caso ocorreu em uma escola da cidade inglesa de Mytholmroyd.

Em uma pré-audiência do caso, a professora de inglês argumentou que escreveu o livro a pedido dos próprios alunos e que mostrou trechos para seu superior hierárquico, que deu sua aprovação.

A obra chama-se \'Stop! Don\'t read this\' (Pare! Não leia isto\') e fala de cinco dos alunos favoritos dela, todos na casa dos 11 anos.

O romance tem cenas em que os adolescentes tinham fantasias sexuais com a professora.

Ela citava os nomes reais dos alunos e de outras pessoas da equipe da escola.

Em um dos trechos, a narradora diz: \'Está ficando cada vez mais difícil encará-los apenas como meninos\'.

Outras partes mostram os meninos \'matando aula\' e furtando celulares.

No final, eles revelam à polícia um ponto de tráfico na escola. Mas, antes da chegada dos policiais, uma quantidade de cocaína desaparece.

Leonora foi suspensa em janeiro de 2009, quando o livro apareceu online, e demitida em 31 de maio do mesmo ano.

A demissão provocou protestos entre alunos e professores. Uma manifestação contra sua saída reuniu 250 pessoas, e a polícia teve de ser chamada, segundo o \'Daily Telegraph\'.

Diante do tribunal, Leonora argumentou que pediu a seu marido ajuda para imprimir o livro e distribuí-lo aos alunos. Mas ele, sem que ela soubesse, publicou o livro na internet.

Leonora, que vive com sua filha adolescente, disse que a situação \'saiu do controle\'. Ela disse que adora ensinar, adora os alunos e quer seguir sua carreira.

(G1.com)