Tecnologia

Cisco vai eliminar unidade voltada a mercados emergentes

5 MAI 2011 • POR • 18h15
Companhia disse ter \'perdido o rumo\' e anunciou mudanças - Foto: Divulgação
A Cisco Systems, fabricante de equipamentos de rede e teleconferência, planeja eliminar sua unidade de negócios de mercados emergentes, em um esforço para corrigir as falhas de uma organização de vendas lenta.

A empresa, que recentemente declarou ter perdido o rumo depois de uma série de resultados decepcionantes, informou nesta quinta-feira que a medida integra um conjunto de mudanças abrangentes previstas para os próximos meses.

A Cisco, que atualmente opera dividida em quatro unidades geográficas, passará a operar com apenas três - Américas; Europa e Ásia; e Oriente Médio e África -, buscando simplificar uma estrutura burocrática de vendas que dificulta a tomada de decisões rápidas.

A empresa continuará a operar nos mercados emergentes, porém, em vez de operar como unidades separadas, as forças de vendas em tais países serão parte de cada unidade geográfica local, disse Karen Tillman, porta-voz da Cisco, acrescentando que isso \"removerá as barreiras para que as coisas sejam realizadas\".

Investidores, no entanto, reagiram sem entusiasmo ao anúncio. Alguns analistas afirmaram que o momento do anúncio pode ser uma forma de \"controle de danos\", antes do anúncio de resultados trimestrais, que podem ser fracos, em 11 de maio.

\"Pode significar que o trimestre não foi tão robusto quanto se esperava\", disse Catharine Trebnick, analista da Avian Securities, que descreveu a reorganização como \'um bom primeiro corte\'.

Tillman ser recusou a comentar sobre o impacto financeiro das mudanças, afirmando que a companhia ofereceria uma atualização sobre o programa mais amplo de gestão de custos da Cisco, que inclui o anúncio desta quinta-feira e outras medidas de reestruturação, quando os resultados financeiros forem anunciados na semana que vem. Ela não informou se a reorganização na estrutura de vendas envolveria cortes de pessoal.

Laura Didio, analista da ITIC, disse que a Cisco precisava promover mudanças nos mercados emergentes, entre os quais, alguns dos países de mais rápido crescimento mundial.

\"Eles não vêm se saindo bem nos mercados emergentes e precisam se reposicionar\", afirmou.