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Fabricante de carros chinesa Chery cresce 1.309% no Brasil em 2010

7 JAN 2011 • POR • 17h35
Chinesa Chery cresce 1.309% em 2010 - Foto: Raul Zito/ G1
Com a valorização do real frente ao dólar, as marcas de veículos importados comemoram crescimento acima da média em 2010. De acordo com dados divulgados nesta sexta-feira (7) pela Associação Brasileira das Empresas Importadoras de Veículos Automotores (Abeiva), a fabricante chinesa Chery foi a marca com melhor desempenho no mercado nacional entre as 15 maiores empresas das 30 que são associadas à entidade.

Em 2009, quando estreou no Brasil, a Chery comercializou 497 unidades do utilitário esportivo Tiggo. No ano passado, com o lançamento do hatch médio Face e do Cielo (hatch e sedã), as vendas da marca chinesa saltaram para 7.005 unidades, alta de 1.309%. De acordo com a marca, do total, 60% das vendas foram do Face, 25% do Tiggo e 15% do Cielo.

“Nós já esperávamos um bom desempenho em todos os nossos modelos, mas foi acima da expectativa”, afirma o presidente da Chery do Brasil, Luis Curi. A estimativa da montadora era comercializar 500 unidades por mês em 2010. “Mas atingimos uma média de 800 unidades”, diz Curi.

Para 2011, as previsões são ainda mais otimistas. A marca confirmou seis lançamentos no país e está ansiosa para a recepção do mercado brasileiro do compacto QQ, que chega em março por R$ 22.900 com o intuito de tirar do Fiat Uno Mille o título de carro mais barato do Brasil e elevar as vendas da marca para 25 mil unidades este ano.



“A nossa grande aposta e projeto mais forte é, sem dúvida, o QQ, que deve representar pelo menos 40% do total de vendas da marca”, afirma o presidente. “Definitivamente 2010 foi o ano da consolidação do projeto da marca Chery no Brasil. Nós mudamos a impressão que as pessoas têm dos carros chineses e ganhamos a confiança do consumidor.”

Curi afirma ainda que o anúncio de uma fábrica brasileira, a primeira chinesa no país, também contribuiu para os resultados de 2010. A planta da Chery será construída em Jacareí, no interior de São Paulo, e exigirá investimentos de US$ 400 milhões. O início das operações está previsto para o final de 2013, com meta de 50 mil unidades anuais.

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Outra chinesa, a Effa, que desembarcou no Brasil em 2008, aparece na segunda posição do ranking de desempenho da Abeiva. Em 2009, foram 452 modelos comercializados da marca, contra 3.953 em 2010, crescimento de 774,56%. A sueca Volvo ocupa o terceiro lugar, com crescimento de 503,60%, de 361 para 2.179 veículos. Em quarto está mais uma chinesa, a Hafei, que passou de 1.248 para 4.207 unidades, alta de 237,10%, e a quinta posição é ocupada pela sul-coreana Ssangyong, que elevou sua participação em 211,17% (de 1.255 unidades para 3.912).

Somente as marcas chinesas confirmaram para este ano 19 lançamentos no país.

Luxuosos também em alta
Segundo os dados da Abeiva, em 2010 foram vendidas 1,03 mil unidades da Porsche, 100 carros da Jaguar e 64 veículos da Ferrari, que apresentou o maior crescimento entre as superesportivas de luxo, com aumento de 814,3%, em relação a 2009, quando foram comercializadas sete unidades. No caso da Jaguar, o incremento nas importações foi de 81,8%; as da Porsche subiram 69,2%.

(autoesporte.com)