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Viradão de Momo tem início nesta quinta-feira

6 JAN 2011 • POR • 10h58
Foto: Deisi Rezende / Agência O Dia
RIO - Oficialmente é só na sexta-feira de Carnaval que o Rei Momo recebe as chaves da Cidade Maravilhosa. Mas para alegria de seus súditos, uma verdadeira maratona de 48 horas tem início nesta quinta-feira, nas 12 quadras das escolas do Grupo Especial. É o Viradão do Momo que, até sábado, oferece rodas de samba, oficinas de percussão com mestres de bateria, aulas de dança com coreógrafos consagrados, shows de Neguinho da Beija-Flor e Rodriguinho, ensaios badalados como o do Salgueiro e a feijoada da Portela de graça.

“Estou trifeliz. O Roberto Carlos, meu ídolo maior na MPB, é o nosso enredo; meu filho, Junior, é um dos compositores do samba-enredo, que é considerado um dos melhores. O evento é uma forma de dividir essa felicidade. Estou dentro de corpo e alma”, diz Neguinho, que faz show amanhã.

Os conhecimentos acerca do mais brasileiro dos ritmos serão divididos em oficinas de percussão, como a do Mestre Nilo Sérgio na Portela. “É o evento que traz a comunidade para dentro da quadra, faz o povo aprender a batida de sua escola”, diz o músico. As aulas de dança serão ministradas por craques como Carlinhos de Jesus, na Beija-Flor, e Jaime Aroxa, na Mangueira. “Me empenhei ao máximo para participar. Gosto muito da energia que eventos como esses proporcionam”, declarou Carlinhos, que neste Carnaval, assumiu a comissão de frente da Azul-e-Branca de Nilópolis.

A rotina familiar dentro das agremiações fez Monarco aderir à maratona. “Na escola de samba o povo descansa, se diverte, encontra a alegria, esquece as desilusões amorosas. Até porque a vida não é só trabalho”, defende ele, que estará ao lado da Velha Guarda da Portela na feijoada mais tradicional de Madureira. “Portela e Mangueira sofreram muito para mostrar que o sambista é de paz. As pessoas falavam: ‘Olha, cuidado, esse rapaz é metido com escola de samba! Deixem as mulatas e os passistas dizerem no pé, o Carnaval está chegando. Viva a escola de samba!”, saúda o baluarte. (*Fonte: O Dia)