Saúde

Cirurgia beneficia paciente crônico

5 JAN 2011 • POR • 10h57
BELO HORIZONTE - A empresa farmacêutica Allergan conseguiu aprovar em um comitê da FDA (agência reguladora dos EUA) a redução do índice mínimo de massa corporal exigido para a cirurgia de banda gástrica, uma das técnicas usada para a “redução do estômago”.

A operação de banda gástrica estrangula o estômago, reduzindo a quantidade de comida que a pessoa consegue ingerir. A Allergan vende a banda usada na cirurgia. O argumento é que pessoas com obesidade moderada, mas que sofrem de diabetes, por exemplo, terão acesso a um tratamento eficaz. A decisão final vai levar alguns meses.

Atualmente, o paciente deve ter um IMC (Índice de Massa Corpórea) de 40. Se ele tiver doenças associadas ao peso, como diabetes e hipertensão, pode ser operado com IMC de 35. Se a FDA acatar a decisão do comitê, esses limites mudarão para 35 e 30, o que significa que a cirurgia pode deixar de ser restrita aos obesos mórbidos.

O índice de massa corporal é calculado dividindo o peso (quilos) pela altura ao quadrado (metros). Hoje, alguém de 1,70 m teria que pesar ao menos 101 kg para ser operado. Pela regra defendida na FDA pela Allergan, o peso mínimo seria de 86,7 kg.

No país, especialistas em cirurgia de obesidade se dizem a favor de uma revisão das regras, mas sem o foco na operação de banda gástrica. O presidente da Sociedade de Cirurgia Bariátrica e Metabólica, Ricardo Cohen, afirma que o estrangulamento do estômago leva à perda de peso menor do que outras técnicas e não traz mudanças que controlam o diabetes. (Agência Graffo – fonte: Farmacêutica Allergan, Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica)