Política

Começo de paralisação do setor da Construção Civil em Campo Grande

19 ABR 2024 • POR Marcos Anelo/José Abelha • 14h15

Cerca de 250 trabalhadores da obra da Plaenge na Rua Itaquiraí na Vila Antônio Vendas em Campo Grande fizeram uma paralisação nesta sexta-feira, (19), a partir das 7h. "É o início do movimento por toda a cidade em função do pesadelo com as negociações salariais da categoria", afirma o presidente do SINTRACOM (Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil e no Mobiliário de Campo Grande), José Abelha.

A capital tem cerca de 30 mil trabalhadores no setor, sendo que 75% deles, cerca de 22.500, são profissionais no regime CLT (Consolidação das Leis do Trabalho). ""Hoje falta mão de obra no estado, por isso muitos trabalhadores são de outras regiões do Brasil, e ter uma contraproposta de reajuste de salário tão somente repondo a inflação é injusto.

Os patrões ofereceram 3,86% que é o índice do INPC. No Brasil, quase 80% dos acordos salariais de todas as categorias estão sendo fechados com índice acima da inflação acumulada, ou seja, com ganho real nos salários", explica Abelha. S

egundo o presidente do SINTRACOM, que também é presidente da FETRICOM-MS (Federação dos Trabalhadores na Construção Civil de Mato Grosso do Sul), o movimento de paralisação não será só em Campo Grande. "Daqui pra frente, vamos fazer paralisações também em várias cidades do estado, como Dourados e Três Lagoas", diz Abelha.
 
A categoria reivindica também reajuste no vale-alimentação assim como o 13° no vale-alimentação, auxílio saúde, e o reajuste com ganho real nos salários. A data-base dos trabalhadores da construção civil é o mês de março.