Variedades

ASX, o primeiro 4x4 urbano em Dourados

31 DEZ 2010 • POR • 11h17
Designer do ASX tem um estilo amigável com uma dose de esportividade - Foto: Divulgação
DOURADOS – A Endo Motors, concessionária Mitsubishi na Região da Grande Dourados, recebeu esta semana, os primeiros Mitsubishi ASX AWD, versão 4x4 e o 4x2 AT/MT. Um veiculo imponente que tem como grande atrativo o preço, chega para brigar de frente com concorrentes como o CRV da Honda, IX35 da Hyundai. O crossover Mitsubishi ASX foi lançado oficialmente no Brasil no Salão do Automóvel. O modelo tem preços entre R$ 81.600 e R$ 93.990. Seu motor é um 2.0 de 160 cavalos em todas as suas versões, e o câmbio é do tipo CVT. Os primeiros que chegaram ao Brasil vieram do Japão, e a partir de 2012 será feito no Brasil.

A Mitsubishi até possui veículos que podem agradar a quem busca um SUV menor, como o TR-4, ou um crossover, como o Outlander, mas o primeiro está posicionado na faixa de R$ 70.000, enquanto o segundo não sai por menos de R$ 99.990, salvo promoções.

Dos 10 veículos mais emplacados, sete têm versões entre R$ 80.000 e R$ 95.000 e nenhum deles têm a aventura em suas propostas. São apenas opções confortáveis para os centros urbanos. E é aí que a Mitsubishi quer enfiar o ASX. Além de tudo, será o primeiro utilitário com opção de tração 4x2 da marca no Brasil. Os preços: a versão de entrada, com tração dianteira apenas, parte de R$ 81.600 na opção manual e chega a R$ 86.900 com câmbio automático. O 4x4 sai por R$ 93.990. Todas terão motor 2.0 16V de 160 cv.

Feito na planta de Okazaki, a mesma do Outlander — com o qual compartilha a plataforma e 70% dos componentes —, o ASX está no meio do caminho entre um SUV pequeno e um crossover médio. Tem 4,29 m de comprimento (3 cm a menos que um Hyundai Tucson), 1,61 m de altura (2 cm menor que um Kia Sportage), 1,77 m de largura e 2,67 m de entre-eixos (4 cm a mais que um CR-V). Essas dimensões não fazem dele um carro imponente, mas amedrontar está longe de ser sua intenção.

O trabalho de design tomou por base o sentido de familiaridade da marca, iniciado com o Lancer e adaptado de maneira elogiável no ASX. A Mitsubishi até divulgou em nota que a dianteira, chamada de Jet Fighter Grill, o deixa com “cara de mau”. No entanto, a impressão se esvai ao olhá-lo como um todo. O crossover passa a impressão de ser um familiar moderno, com uma ousadia limitada. A linha de cintura ascendente reforça essa sensação, que caminha ao lado do toque esportivo na carroceria.

Na traseira, o visual pode ser confundido com o do Audi Q5, mas não em detrimento do Mitsubishi. Afinal, é até bom parecer com o alemão. Segundo o chefe de design do ASX, Hioriuki Abe, “a intenção foi dar dinamismo em todas as partes do ASX. Onde você olhar, terá a impressão de que o carro está prestes a se mover. E atrás fizemos com que ele parecesse mais largo”. O designer acertou em cheio. Uniu um estilo amigável com uma dose de esportividade e a boa impressão de parecer maior do que é.

Por dentro, a tal jovialidade externa quase some. O interior é sóbrio, usa materiais suaves e corrobora com a intenção do design de “mesclar as qualidades de um SUV e um sedã”. Sobra espaço para os passageiros, e o porta-malas tem capacidade para 416 litros. Ele pode vir equipado com bancos de couro (com ajustes elétricos opcionais) e traz 15 porta-objetos espalhados pela cabine. Sua direção com assistência elétrica é ajustável em altura e distância de série, assim como o ar-condicionado digital, as rodas de 16” e o botão de partida sem chave. Dentre os opcionais, disponíveis apenas na versão mais cara, estão o teto solar panorâmico e os faróis de xenônio.

Por falar neles, as luzes do ASX se diferenciam por terem refletores na base, o que aumenta em 30% o campo de visão do motorista. Outro bom exemplo que o Mitsubishi oferece no aspecto segurança pode ser visto nos para-lamas dianteiros feitos de Noryl, material plástico resistente e menos agressivo ao pedestre em caso de colisão.

O crossover traz também, desde a versão básica, freios com ABS, EBD e BAS (auxílio em frenagens de emergência), além dos sete airbags, incluindo os de joelhos, assim como o controle eletrônico de estabilidade ASC.

#####SEGURANÇA

Segurança, aliás, faz parte do discurso do presidente da Mitsubishi no Brasil. Robert Rittscher assegura que, mesmo trazendo pela primeira vez um veículo urbano com tração 4x2, a marca não perderá força no segmento 4x4. “Queremos buscar consumidores que ainda não nos viam como opção. Além disso, a questão do 4x4 não é só imagem, é segurança acima de tudo, e creio que nossos clientes pensem assim”.

A Mitsubishi é especialista em projetar e construir SUVs e crossovers, mas o ASX não nasceu assim. Na sua primeira aparição, como Concept Cx (no Salão de Frankfurt de 2007), ele estava mais para um PT Cruiser do futuro do que para o veículo que surgiu no fim da história.

Daquela ideia, só sobrou o X, de crossover, e o compromisso inicial de entregar prazer ao dirigir com muito espaço interno. Segundo o chefe de design do projeto do ASX, Hioriuki Abe, “tínhamos de fazer algo de tamanho inteligente, dinâmico, que ainda aliasse a identidade da marca, mas sem se parecer com o Lancer Evo X, do qual partiu a inspiração da dianteira, desde o Concept Cx\".

Além disso, havia o compromisso com a \"fluidez dinâmica”. No final, o resultado foi comemorado. O ASX tem um grande entre-eixos mas também um “quê” de carro compacto. Além disso, o seu coeficiente aerodinâmico ficou em 0,33.