Economia

Compras online para Dias dos Pais devem crescer quase 3%, aponta levantamento

Faturamento do e-commerce brasileiro deve ser de R$ 6,4 bilhões para data comemorativa, segundo a ABComm; setor deve registrar mais de 14 milhões de pedidos pela internet

12 AGO 2022 • POR CNN • 20h45

O faturamento do e-comerce brasileiro deve ser 3% maior no Dia dos Pais deste ano, na comparação anual, prevê a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), totalizando R$ 6,4 bilhões em vendas no período de 14 dias que antecedem a celebração deste domingo (14). A entidade espera 14 milhões de pedidos pela internet para a data comemorativa.

O melhor resultado tem relação com a recuperação econômica gradual do país ao longo de 2022, incluindo do mercado de trabalho, e também com a redução de incertezas sobre a pandemia de Covid-19.

Por outro lado, o alto preço dos combustíveis reduziu a previsão de crescimento do setor para o primeiro semestre de 2022 – caiu de 5% para 3%. De acordo com o levantamento, o aumento nos custos da gasolina e diesel tiveram impacto direto no encarecimento do frete, serviço essencial para o e-commerce.

As datas comemorativas têm sido importantes para a retomada da economia no pós-pandemia. O comércio eletrônico passa por uma fase de crescimento, impulsionado, principalmente, por campanhas e promoções de datas especiais. A tendência é um leve aumento, porém a situação dos combustíveis sempre afeta diretamente a economia e, por isso, muitas vezes nos deparamos com números abaixo da expectativa”, disse Alexandre Crivellaro, diretor de inteligência de mercado da ABComm.

Aumento de ataques hackers

O e-commerce brasileiro também precisa se preocupar com outro assunto no Dia dos Pais: os ataques cibernéticos. Um levantamento realizado pela consultoria Bip mostra que as empresas varejistas do país estão 20% mais suscetíveis a sofrer um ataque hacker com a proximidade de uma data comemorativa.

A análise, que foi feita ao logo do mês de julho, levou em consideração as informações cedidas por aproximadamente 100 grandes empresas do varejo brasileiro.

Em números absolutos, somente no primeiro semestre de 2022, quase três milhões de ataques hackers foram registrados contra o e-commerce nacional. A expectativa é que esse número aumente nos próximos meses, com a chegada do Dia dos Pais, da Black Friday e do Natal, aponta o levantamento.

Os principais tipos de ciberataques vistos pelas varejistas são os que utilizam Ransonware e Malware – responsáveis por mais de 30% de todas as atividades hackers no Brasil, segundo a pesquisa.

“O Malware é um software projetado para prejudicar um computador, ele consegue roubar informações confidenciais do computador, fazer com que ele funcione com mais lentidão gradualmente ou até mesmo enviar e-mails falsos da sua conta de e-mail sem que você saiba. Já o Ransomware é um software que bloqueia o acesso do usuário aos seus arquivos ou ao dispositivo, exigindo um pagamento online anônimo para que o acesso seja restaurado”, explicou Ricardo Saravalle, porta-voz da consultoria internacional Bip.