Saúde

"Colesterol ruim" elevado está relacionado ao desenvolvimento de doenças cardiovasculares

14 AGO 2022 • POR Ministério da Saúde • 16h00

As doenças cardiovasculares associadas ao colesterol alto estão entre as principais causas de mortes no mundo. Todos os anos, cerca de 360 mil brasileiros vão a óbito em decorrência dessas doenças. No Dia Nacional de Prevenção e Controle do Colesterol, o Ministério da Saúde alerta e conscientiza a população sobre os diferentes tipos de colesterol e os impactos causados por eles.

O colesterol faz parte do grupo dos álcoois, tem textura e aparência gordurosa e, apesar de sua fama ruim, é essencial para o bom funcionamento do organismo. Ele está presente na estrutura das células, na produção das membranas celulares, em alguns hormônios e vitaminas, além de formar ácidos biliares que atuam na digestão. Gorduras não se dissolvem na água e o colesterol também é insolúvel em meio aquoso, bem como no sangue, sendo ligado a lipoproteínas, que são conglomerados de proteínas, gorduras e outras substâncias.

Os diferentes tipos de colesterol

A composição do colesterol é uma só, o que muda é o seu meio de transporte, ou seja, a lipoproteína a qual está associado. Ela pode ser de alta ou de baixa densidade, dependendo da composição, com funções diferentes.

Colesterol LDL: o colesterol combinado às lipoproteínas de baixa densidade é chamado de LDL. Em excesso, pode se depositar nas paredes das artérias, formando placas que aumentam o risco de obstrução e, consequentemente, de infarto e acidente vascular cerebral. Por isso, o LDL é conhecido como “colesterol ruim” e seu nível deve ser mantido baixo. Colesterol HDL: quem “tira” o colesterol das células para ser eliminado são as lipoproteínas de alta densidade, que quando combinadas ao colesterol, são denominadas HDL. Ele ajuda a evitar a obstrução das artérias, sendo conhecido como “colesterol bom” e seu nível deve ser mantido alto.

A produção do colesterol acontece em grande parte no fígado e é liberado na corrente sanguínea e distribuído para os tecidos, onde pode ser utilizado ou armazenado no tecido adiposo, que é a camada de gordura que o corpo possui abaixo da pele.

Os altos níveis do “colesterol ruim” estão relacionados a doenças do coração, complicação na aorta (principal artéria do corpo), além de demência e acidente vascular encefálico – o derrame cerebral. Já níveis altos de colesterol HDL, o “colesterol bom”, podem ser atribuídos a algum grau de proteção para estas doenças.

Fatores de risco

História familiar de hipercolesterolemia; Comportamento sedentário; Alimentação inadequada; Obesidade; Tabagismo.

A partir dos 40 anos, aumenta a prevalência dos principais fatores de risco para a doença cardiovascular: o colesterol elevado, a hipertensão arterial e o diabetes, acrescidos pelo tabagismo, obesidade e sedentarismo. Nas mulheres, a chegada da menopausa também é um fator de risco.

Prevenção

Uma das formas de prevenção do acúmulo de “colesterol ruim” no organismo é por meio de um estilo de vida e alimentação saudáveis e atividade física regular.

É importante destacar que de todo o colesterol sanguíneo que o corpo possui, entre 15% e 20% vem da alimentação. O restante é gerado especialmente pelo fígado e, nesse caso, pode ser necessário o uso de medicamentos.

Para diminuir o colesterol ruim: pratique atividade física, tenha uma alimentação saudável, consulte uma equipe de saúde para avaliação e orientações. Para aumentar o colesterol bom: aumente o consumo de alimentos in natura, como verduras, frutas e legumes e reduza o consumo de alimentos ultraprocessados.

O colesterol alto não costuma apresentar sintomas, e a forma mais efetiva de diagnosticá-lo é dosando os níveis sanguíneos por meio de exame laboratorial. Quanto mais cedo essa detecção acontece, maiores são as chances de intervenção e tratamento, reduzindo os riscos de infarto, acidente vascular e outras doenças cardiovasculares.