Saúde

O que as bactérias intestinais tem a ver com a obesidade?

28 JUN 2022 • POR Fernanda Queder • 12h48

 

Os milhões de microrganismos que habitam no intestino humano são chamados de microbiota intestinal. Estes apresentam influência sobre o equilíbrio energético do corpo, estão envolvidos diretamente no sistema imunológico e na proteção contra agentes nocivos ao organismo. Quando há um aumento na proliferação de bactérias patogênicas, causando um desequilíbrio na flora intestinal, chamamos essa alteração da microbiota de disbiose.

O principal fator que leva a modificações na microbiota intestinal é a alimentação, portando, é muito importante cuidarmos do que comemos, pois a disbiose pode levar a problemas na resposta imunológica, aumento da permeabilidade intestinal, aparecimento de doenças inflamatórias, síndrome metabólica e obesidade.                             

Uma microbiota intestinal saudável favorece a perda e a manutenção de peso porque as bactérias intestinais influenciam no metabolismo da glicose, no metabolismo das gorduras ingeridas, na absorção de energia dos alimentos, no metabolismo do colesterol e nas funções endócrinas impactando diretamente o perfil hormonal.

Alguns estudos observam que há diferenças na população bacteriana da microbiota de indivíduos magros quando comparada com indivíduos obesos, existindo uma maior diversidade de microrganismos no intestino de pessoas magras. Também foi observado que a redução de peso e uma melhora nas funções metabólicas estavam relacionadas com mudanças na composição da microbiota intestinal.

Tratar a disbiose e modular a microbiota intestinal auxilia na perda de peso e no tratamento da obesidade. E como podemos fazer essa modulação? Uma alimentação rica em fibras provenientes de frutas, verduras, legumes e grãos integrais, ingestão adequada de água, consumo de alimentos probióticos como leite, iogurte, kefir, redução no consumo de alimentos industrializados e embutidos. Podemos utilizar a suplementação de probióticos encontrada facilmente nas farmácias, porém se não for acompanhada de uma modificação no padrão alimentar, a mudança na composição da microbiota será pouco significativa.

Evidências convincentes existem sobre a relevância da microbiota intestinal no desenvolvimento, perpetuação e no tratamento da obesidade. Procure um profissional para te auxiliar e orientar sobre este assunto, pois é de extrema importância para a saúde do corpo humano como um todo.