Brasil

Brasil registra mais de 1,4 milhão de trabalhadores por aplicativos de transporte

Conforme estudo do IPEA, de 2016 para cá, o número de trabalhadores informais de aplicativos de transporte praticamente dobrou.

20 OUT 2021 • POR Portal do Trânsito • 16h30

Um estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – Ipea, identificou que o Brasil já conta com mais de 1,4 milhão de pessoas que trabalham com transportes por aplicativo. O número representa 31% do total no setor de transporte.

O levantamento identificou ainda que, hoje, cerca de 4,4 milhões de brasileiros trabalham com transportes, incluindo as áreas de armazenagem e correio. Além disso, de 2016 para cá, os trabalhadores informais de aplicativos como Uber, iFood e Rappi praticamente dobraram.

Impactos durante a pandemia
Ainda de acordo com a pesquisa, no primeiro trimestre de 2016, o Brasil tinha um total de 840 mil profissionais trabalhando com transporte de passageiros. Dois anos depois, em 2018, o setor já contabilizava 1 milhão. E, em 2019, este número subiu mais ainda, chegando a 1,3 milhão de trabalhadores.

Para os pesquisadores, a ascensão das plataformas de aplicativos para entregas de mercadorias ou transporte de passageiros e o consequente avanço tecnológico facilita mais contratações de curto prazo, evidenciando o fato de que a quantidade de pessoas com empregos não tradicionais teve um crescimento exponencial nos últimos anos.

Ainda segundo informações do Ipea, houve redução no número de autônomos em 2020, durante o início da pandemia, mas que se estabilizou nos dois primeiros trimestres de 2021 com 1,1 milhão de profissionais no setor de transporte de pessoas. Já em relação ao transporte de mercadorias, o número atual é de 278 mil trabalhadores.

Bicicletas
É importante lembrar também que, além do transporte por aplicativo e do público, cresceu também o uso de transportes sustentáveis. Nesse sentido, o aluguel de bicicletas por aplicativos ou mesmo a compra delas teve um aumento considerável na pandemia. Levantamento da Aliança Bike apurou que, entre 15 de junho e 15 de julho, o aumento nas vendas de bicicletas foi de 118%, se comparado ao mesmo período de 2020.