Cultura

ADL: 30 anos de uma entidade ativa e representativa da literatura douradense

O escritor Nicanor Coelho, falecido recentemente, foi o fundador da Academia e seu primeiro presidente

26 SET 2021 • POR Rozembergue Marques, Especial para O Progresso • 15h00
Membros da Academia de Letras com o fardão oficial da entidade (In Memoriam José Vasconcelos e Ruth Hellman) - Divulgação

A Academia Douradense de Letras (ADL) celebra 30 anos de fundação, o “Jubileu de Pérola”, com motivos para comemorar. Nestes 30 anos destacou-se no cenário nacional e internacional como uma entidade de respeito e vanguarda, realizou mais de uma centena de saraus literários, lançamentos de livros, representações municipais e internacionais, recebeu prêmios, tem um acervo importante para a literatura de Dourados e tem em seu quadro de membros figuras efetivamente representantes da literatura douradense. Realizou em 2017, o Festival Literário Internacional de Dourados, o FLID 2017, o pré-FLID 2019, em 2018, reunindo países e artistas, entre várias artes, para mostrar nosso potencial, propondo um irmanamento entre Santa Maria-RS e Dourados/MS que está em estudo pela Prefeitura e a Câmara Municipal. Conseguiu estabelecer o 1º Encontrão dos Contadores de Histórias de Mato Grosso do Sul, 2 Colóquios de Contadores de Histórias da Grande Dourados e Audiências Públicas, dentre outros eventos. 

Em 2019, somou ao quadro as personalidades da cultura e das artes Adiles do Amaral Torres, Diretora benemérita de O Progresso, e o poeta e Compositor Carlos Antonio Marinho, para enaltecer a história acadêmica da ADL. Segundo o presidente da Academia, escritor Marcos Coelho, ter concedido a primeira cadeira de membro benemérito da ADL a Adiles Torres “é reconhecer o trabalho de Diretora de O Progresso no campo da artes e da literatura, já que é a primeira colunista social da região. É a 1ª Dama da Imprensa Sul-Mato-Grossense, que dirigiu o Jornal pioneiro no Estado e também transitou pelas Letras com produções e livros já lançados em Dourados, além de ter apoiado o setor divulgando a produção literária em entrevistas e matérias”.

A ADL tem sido uma entidade ativista na literatura, defensora do ensino de Literatura, incentivadora dos movimentos em prol da literatura, do Plano Municipal de Livro, Leitura, Literatura e Biblioteca, movimentos como o Por Um MS Literário, para que assegurar o destaque e o acesso à Literatura em Mato Grosso do Sul. O atual Presidente da Academia Douradense de Letras, o Escritor e Poeta Marcos Coelho Cardoso, lembrou ainda a instituição  do dia Municipal e Estadual do Contador de Histórias. A fundação da Academia foi em 15 de setembro de 1991. O jornalista e escritor Nicanor Coelho, falecido recentemente. Nicanor Coelho foi o primeiro presidente da ADL. A entidade foi declarada de “Utilidade Pública” através da Lei n.º 1863 de 06 de agosto de 1993. O quadro da Academia é composto por quarenta membros escolhidos através de eleição interna.

Segundo o presidente da Academia, dentre os desafios está “assegurar todos os fatores que assegurem a produção literária de qualidade, o ensino da literatura, o incentivo à produção literária, a tradução de obras para outras línguas, o exercício bilingue seja para a literatura de fronteira, como a acessibilidade literária, a tradução em libras, o áudio livro, o livro com letras maiores e talvez mesmo a ativação de um núcleo braile para tradução de obras para o braile, como o ensino para quem necessite dessa linguagem”.  Outros focos da ADL são a elaboração do Plano Municipal de Cultura de Dourados e o Plano Municipal do Livro, da Leitura, da Literatura e de Bibliotecas de Dourados (PLLLEB) dar visibilidade ao potencial econômico que a arte, a literatura e o turismo cultural tem, no fortalecimento da cultura de uma cidade e da garantia de sua memória social, contando sua história em toda sua pluralidade de povos e suas culturas. 

“Estamos voltando muito cautelosos com as atividades presenciais, mas muito ativos virtualmente nos eventos e reuniões on line. Aos poucos, com Noite de Autógrafos presenciais. Mas em 2022 devemos retornar os saraus e outros eventos presenciais”, finalizou Marcos Coelho.