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Sequestrador usava aliança de ouro no dedo com nome da vítima antes de ser morto em confronto, diz polícia

Anel foi retirado do dedo do suspeito na Santa Casa, logo após a confirmação do óbito dele. Vítima deve prestar novo depoimento e objeto então será devolvido, segundo o delegado em MS

21 SET 2021 • POR G1 • 16h15

O segundo sequestrador, morto em confronto com a polícia nessa segunda-feira (20), estava com a aliança de ouro da vítima, quando houve a abordagem no imóvel em que ele estava, no Residencial Betaville, em Campo Grande. O anel foi retirado do dedo dele na Santa Casa, logo após a confirmação do óbito, segundo afirmou ao G1 o delegado João Paulo Sartori, responsável pelas investigações.

Conforme o delegado, a aliança possui o nome da vítima escrito. Além deste objeto, a polícia também soube que outras joias foram levadas durante a ação criminosa. No inquérito policial, consta que este homem possuía mais de 40 antecedentes criminais e era um bandido considerado de "alta periculosidade".

"Nós ainda não devolvemos o anel para a vítima. Ela será chamada novamente para depoimento no Garras [Delegacia Especializada em Repressão à Roubos a Bancos, Assaltos e Sequestros] e aí entregaremos", explicou Sartori.

O primeiro homem a ser preso, de 29 anos, alegou que "escolheu" as vítimas porque eram duas mulheres em um veículo Audi. Na noite de sábado (18), eles então as renderam e sequestraram uma delas. A vítima foi liberada após a família pagar o resgate de R$ 18 mil.

Nesta terça-feira (21) a polícia faz buscas pelo terceiro elemento e apura uma possível participação de uma quarta pessoa, um suspeito de 18 anos. "Ele estava com droga, foi preso em flagrante e seria a pessoa quem foi até o cativeiro libertar a vítima, mas, ainda estamos investigando", finalizou o delegado.

A audiência de custódia do rapaz ocorreu nesta manhã (21). Ele teve a prisão em flagrante convertida em preventiva e vai responder pelos crimes de tráfico de drogas e posse ilegal de arma de fogo.Arma usada pelos sequestradores foi apreendida — Foto: Osvaldo Nóbrega/Divulgação